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O dia em que traí a Académica

Um texto da autoria de: Sarabia

Estávamos nos finais da década de setenta andando eu de namoro falado e beijado com a minha princesa feita rainha à data de hoje.

Como em todos os namoros há regras que se devem estipular logo de início a modos da prevenção deixar o remédio sossegado. Pois condição pronta com a minha namorada de então foi a de ver a Académica ao que a menina retorquiu que era de simpatias boavisteiras, mas pronto, que não vinha mal ao mundo e coisa e tal. Mulher a sério é companheira na vitória, na derrota ou no empate, empate largo já conto.

« Como em todos os namoros há regras que se devem estipular logo de início a modos da prevenção deixar o remédio sossegado. Pois condição pronta com a minha namorada de então foi a de ver a Académica »

Fomos então a Espinho para um Espinho-Académica ou Académico nem me recordo bem. Recordação bem mais clara não fôsse a princesa sentir-se nas inferiodades das superiores foi a de comprar duas bancadas centrais afim de que a comodidade estivesse de acordo com o propósito da ida. Também estávamos em anos de desencanto académico daí resultando que não fôsse visível no estádio das “violas” um único académico perdido.

Aviso prévio: se há golo da Académica é que nem pio que isto dos vareiros e vareiras é para tomar em conta. Aviso feito aviso a cumprir que a minha princesa acordou de imediato… que o futebol já de si é de alvoroço e ademais confusão.

« Aviso prévio: se há golo da Académica é que nem pio que isto dos vareiros e vareiras é para tomar em conta»

Começa o jogo, tudo a preceito, canto a nosso favor, bola a meia altura e golão do Eldon.

Que aconteceu?

É mesmo isso, que aconteceu após?

Bem, é que dei tal salto e com tal estardalhaço que quando acordei do sonho tinha  um peso tremendo no braço afim de que retornásse ao acento por parte da minha cara metade e mais uma bancada em peso a olhar para mim.

“-Ranchada de Coimbra!”

Ainda me recordo da simpatia deste comentário bem lisongeiro porque no após:

“-Vais morrer filho duma p…!”

Confesso que fiquei um pouco aflito e me senti duplamente injustiçado porque não só não queria morrer feito rapaz como a minha mãe não tinha que ver com o drama nem comportamentos passados merecedores de tal qualificativo.

« não só não queria morrer feito rapaz como a minha mãe não tinha que ver com o drama nem comportamentos passados merecedores de tal qualificativo »

E o jogo seguia em frente com o Álvaro em grande no meio terreno, com os raids do Aquiles e com uma defesa estóica que não permitia ao Espinho o golito da igualdade.

E o “-Vais morrer filho duma p…!“, a aumentar de intensidade a cada ataque da Académica a cada beijar o chão de cada jogador do Espinho.

Bem, até rezei ao S. José, no caso S. José Freixo, esse mesmo irmão do Gregório que lá tentava levar o Espinho prá frente mais em causa própria do que em minha defesa, mas não tinha muito mais alternativa que se me chegavam os primeiros encontrões.

O jogo mantinha-se numa toada de ataque continuado do Espinho sem que santo houvesse na minha espinhosa posição. Foi aí, já decorriam os minutos derradeiros, e…gooooooooooooolo do Eeeeeeeeeeeeeeeespinho (que eu até senti a coisa de maneira mais prolongada) como dizia o locutor do estádio.

Foi um alívio geral no estádio e um mais particular da minha parte ao ver a minha vida de retorno e a minha mãe sem infâmia passada.

………………………….

Em rescaldo: pois esse dia terminou às tantas por conta do sr. Tibursio em oferecendo lauta caldeirada a mim e à minha princesa. O resultado sim foi justo, mais que justo, justíssimo, se bem que não fosse grande ideia ir festejar golos forasteiros para a central do Espinho.

De sobejo fica o facto de eu hoje estar casado com a brava rapariga que anos mais tarde fez juramento retroactivo ao dizer: Sim!… na saúde e na desgraça defronte do episcopado com a mais valia de torcer pela Académica sem remorsos boavisteiros.

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