Ser pequeno não é ganhar pouco, é festejar a(s) derrota(s) dos grandes
Peço desculpa a todos, e mesmo nutrindo uma especial admiração pelo Dr. Gonçalo dos Reis Torgal que ainda há dois dias dizia ao site oficial que entre futebol e a Académica gosta mais da Académica – algo que me merece total admiração e que em nada condeno – eu ainda estou do outro lado, dos que vibram com a Briosa, dos que se apaixonaram pela Briosa, mas que não caem no egoísmo de dizer que gostam mais da Académica do que de futebol.
Mais que não fosse… por ser mentira na maior parte das vezes. Há um ou outro caso em que admito que possa ser verdade, pelo passado Académico, pela prática de outras modalidade ou pela forma como o clube lhe foi ensinado, mas tenho a certeza que esses ontem não festejaram a derrota (sim, foi derrota) do Benfica, festejaram um ponto que pode significar o retomar dos bons resultados contra uma excelente equipa, apenas isso.
Outros há porém que acabado o jogo, viraram-se para trás e ao mesmo tempo que aplaudiram a equipa, fizeram-no com mais vigor ainda por sentirem o espumar dos adeptos encarnados nas redondezas, uma espécie de “ai estás chateado? e foi culpa nossa? Ainda bem pá! Só ganho de vez em quando, assim curo a raiva em ti. E vou festejar este vigésimo segundo ponto como se fosse o primeiro para te irritar ainda mais!”.
Fique claro no entanto que nada tenho de afectivo contra a ranchada do Benfica – na maioria também, há bons exemplos como Mário Wilson fez questão de mostrar ao dizer que não conseguia torcer por nenhuma das equipas. Tal equipa merece-me tanto desprezo quanta a quantidade de azeiteiros que o rebanho conta a cada visita a Coimbra. Azeiteiros claro, aqueles que cá vivem e que fazem questão de ir para a central no jogo com o cachecol do SLB gritar dessa forma provinciana os golos dos vermelhos.
Essa mesma forma com que ontem festejámos o empate. Afinal, pena nossa, também temos uns quantos azeiteiros que fazem o que sempre criticámos.