A Académica, pelo menos a minha, era dos românticos. A melhor representação da canção que diz “há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não”. A que começou uma revolução e desafiou o regime, a das histórias, e mais recentemente, ainda que não houvesse já grandes rasgos, a daqueles que a sentem como uma maneira de estar, que ao domingo (por acaso) joga futebol.
Mas… o mundo muda e no sábado, entre uma forma de estar e um clube de futebol, os sócios votaram na segunda. E o erro é dos que acharam que era mais que isso, porque se fosse mais do que isso, não era ignorada pela cidade/região há décadas, nem tinha caído no vazio em que está. E hoje, a Académica deve ser competitiva, ter dinheiro para estar na primeira e lutar por objectivos. É um clube de futebol e existe para competir.
Hoje, para aqueles que como eu preferiam ver a Académica na distrital do que vendida, talvez seja justo ouvir que o sítio certo já existe, é a Secção de futebol a AAC. Mas aos outros, a maioria, devem saber que em relação à história da Académica deixou de ser vossa. São herdeiros, só isso, porque quem escreveu esta história, foi o que foi precisamente porque nunca se deixou vender.