Que objectivos para 2020/2021?

Desde que a Académica está a disputar a II Liga que todos os anos se assumiu a candidatura à subida de divisão.

Há quem ache que pelo nosso histórico é obrigatório tal estatuto de candidato. Há quem ache que pelos planteis que foram montados devíamos assumir esse estatuto. Mas também houve quem defendesse um projecto de médio prazo que permitisse durante uma, duas ou três épocas preparar as bases de um ataque a uma subida de divisão.

Desde que Pedro Roxo é presidente da Académica, apostou sempre todas as fichas, incluindo as que não tinha, na subida de divisão. Apostou-se em contratos de uma temporada e em empréstimos vários, o que todas as épocas obrigava a um trabalho hercúleo na reconstrução do plantel.

Apenas na sua primeira época enquanto presidente, com Ivo Vieira, Ricardo Soares e Quim Machado ao leme da equipa, a possibilidade da subida foi real. Nas duas épocas seguintes a habitual construção tardia do plantel, que leva a maus resultados nas primeiras jornadas, hipotecaram de forma inultrapassável a ambição de subir de divisão.

Avizinha-se uma nova época e parece-me que os objectivos foram redefinidos. Pelos reforços apresentados e pelo que se vai ouvindo nos bastidores, a direcção da AAC/OAF não terá definido a subida de divisão como objectivo para esta época, focando-se na construção de um plantel que garanta uma época tranquila e estável na II Liga.

Até agora nenhum dos anúncios dos reforços/renovações indicou o tempo de duração dos respectivos contratos e será neste pormenor, e na ausência de muitos emprestados, que residirá a resposta à seguinte questão:

• Avançou Pedro Roxo para um projecto de médio prazo ou a mudança de paradigma deve-se exclusivamente à falta de músculo financeiro?

Um projecto de médio prazo (duas a quatro épocas) exige contratos de médio/longo prazo que nos permita ao longo desse tempo ir construindo um plantel cada vez mais forte.

Ambiciono que a mudança de paradigma resulte na construção de um projecto a médio prazo!