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Calma que ainda há peão …

10 de Março de 2019 por o verdadeiro 12 Comentários

Vitória sabocamposrosa em Viseu que nos permitiu encurtar distâncias e dedicada à memória do Dr. Vitor Campos. Por essa razão deixo a intervenção do nosso amigo Sarabia, em vez da crónica habitual:

Parem todos os relógios, desliguem o “telemóvel”
Não deixem o cão ladrar aos ossos suculentos
Silenciem os pianos e com os tambores em surdina
Tragam o féretro, deixem vir o cortejo fúnebre
.*
Que os aviões voem sobre nós lamentando
Escrevinhando no céu a mensagem. Ele está morto.
Ponham laços de crepe em volta dos pescoços das pombas da cidade
Que os polícias de trânsito usem luvas pretas de algodão
*
Ele era o meu Norte, o meu Sul, o meu Este e Oeste
A minha semana de trabalho, o meu descanso de domingo
O meio-dia, a minha meia-noite, a minha conversa, a minha canção
Pensei que a “minha Académica” ia durar para sempre: enganei-me
*
Agora as estrelas não são necessárias: apaguem-nas todas
Emalem a lua e desmantelem o sol
Despejem o oceano e varram o bosque
Pois agora tudo é inútil)

Vitor Campos para sempre

Comentários

Arquivado em:Notícias

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Comentários

  1. ...o verdadeiro diz

    15 de Março de 2019 em 11:59

    As saudades que eu tinha de um treinador a sério 🙂 (já ando a falar nisto há 3 anos):

    “A equipa atravessa um bom momento”

    A Académica ficou a 5 pontos do 2.º lugar. O discurso do pensar “jogo a jogo” vai manter-se?

    João Alves É exactamente isso. Não há nada para alterar o nosso discurso. Não vale a pena fazer “futurologia”. O que podemos controlar é a vontade que temos de vencer. Com o Sp. Braga vai ser exactamente igual. Teremos um adversário complicado, que vem de uma vitória em Famalicão. Tem de ser uma Académica muito forte para poder ganhar o jogo.”

    Responder
    • fcouceiro diz

      15 de Março de 2019 em 13:22

      Estás nas tuas 7 quintas 🙂

      Responder
  2. AAC diz

    13 de Março de 2019 em 21:16

    Escrito pelo jornalista Afonso Melo partilho um texto de homenagem a Vitor Campos.

    “Em 1967, a Académica entrou para a história do futebol do mundo: um grupo de estudantes luta pelo título com o Benfica, que jogaria mais uma final da Taça dos Campeões
    Morreu o Vítor. E com ele um pedaço da Coimbra, do Choupal até à Lapa. Vítor José Domingos Campos, nascido em Torres Vedras no dia 11 de março de 1944. Eu conheci o Vítor. Foi um privilégio conhecer o Vítor. E o Mário, seu irmão. Poucos como eles foram tão, tão Académica, essa equipa-de-todos-nós, diria Ricardo Ornellas.
    Em outubro de 1963, Vítor Campos está em Coimbra. Ora, que digo eu? Vítor Campos estará sempre em Coimbra, e Coimbra sempre em Vítor Campos, mesmo que, agora, lá na longínqua planície da eterna saudade. Estreia-se de negro no dia 6, frente ao Varzim. Durante 13 anos consecutivos trará no peito o emblema em losango com a torre e a velha Cabra. Nos seus pés, a bola tinha o conforto de uma capa cuja sombra dava no chão e abria em flor, como cantou o Zeca Afonso. E foi doutor na Coimbra dos doutores que passou na voz da Amália. Doutor em Medicina, do ano de 1971. Doutor na vida pelo seu jeito tranquilo de cavalheiro que sabe que, na verdade, doutor é cada um na sua profissão.
    Eu vi jogar o Vítor, uma e outra e outra vez. Fui da Académica porque ser da Académica era, em certa altura, ser do contra, caminhar do lado esquerdo, dizer não quando nos queriam obrigar a dizer sim. E porque a Académica foi, in illo tempore de Trindade Coelho, outra forma de se dizer saudade. “O livro é uma mulher/ Só passa quem souber/ E aprende-se a dizer saudade”.
    Na revista “Académica”, Boaventura Sousa Santos, sociólogo, contou uma vez uma história passada em Atouguia da Baleia. O pai do Vala tinha um café e um filho mais novo do que António, que também jogou na Académica e que também já fugiu para esse lugar mágico onde as almas não choram. Era o Rui. Um dia apareceu um senhor no café dos Valas e o Rui tinha apenas dez anos. O senhor disse-lhe: “Tenho de te levar para o Benfica.” E ele, direto: “Não! Quero ser médico. Como o Campos!”
    Em 1967 Vítor Campos chegou à seleção nacional em 1967. Fez apenas um jogo, frente à Itália, em Roma (1-1). Engoliu a injustiça dessa presença sem repetição: “Ser atleta da Académica é, para mim, a honraria suprema.”
    E que Académica essa. Segunda classificada no campeonato, um ponto à frente do FC Porto, dez sobre o Sporting – empate em Alvalade na última jornada –, senhora de um jogo histórico, no Municipal, frente ao Benfica. Há quem afirme que estiveram bem mais de 40 mil pessoas nas bancadas no dia 12 de março. Trinta e três mil bilhetes vendidos, 800 contos de receita. Ganham os encarnados, o título, se chegara a ser sonhado, desfaz-se como areia por entre os dedos. Mário Wilson, o treinador, encolhia os ombros: “Mas que título? Sempre previ que o Benfica iria ser campeão. Nós estamos aqui para tentar chegar ao segundo lugar.”
    Diz o velho ditado: “O Porto trabalha/ Braga reza/ Coimbra estuda/ E Lisboa diverte-se”. Em Coimbra estudava-se. Artur Jorge explicava: “Não tenho tempo para estar a pensar em ser campeão. Tenho um exame de Alemão amanhã mesmo.” E Ernesto: “Vocês dos jornais querem à força que digamos que somos candidatos. Esqueçam. Isso é impossível! Começam agora as frequências e é inevitável cairmos por aí abaixo.”
    Cair, não caíram. O ano de 1967 ficou para a história do futebol do mundo. A rapaziada da universidade batia-se ombro a ombro com o Benfica, que voltaria a jogar uma final da Taça dos Campeões. O Vítor está lá. O Vítor estava sempre lá. Esteve nas finais da Taça de Portugal de 1967 e 1969, perdidas para o V. Setúbal (com dois prolongamentos) e para o Benfica (em plena crise académica); jogou nas competições da Europa; caminhou irreverente – era próprio dele! – ao lado de tantos que conto como amigos, desde o Toni (meu irmão bairradino de Mogofores) ao Vasco Gervásio (outro daqueles que se encantaram cedo demais), de Artur Jorge (agora distante) ao Rocha (que tem lugar na minha infância ali no Olival), do Velho Capitão Mário Wilson (um dos que fizeram o favor de me ensinar) ao dr. Luís Eugénio, vizinho dos meus avós à Rua Francisco Metrass. E do Mário, como não podia deixar de ser, irmãos Campos de sangue e capa e batina nos relvados e pelados de um Portugal que já não há.
    O Vítor morreu de apenas morrer, essa coisa de não estar vivo, aqui e agora, mas continuar a ser o que é na aldeia branca da nossa memória. “A cabra da velha torre/ Meu amor, chama por mim/ Quando um estudante morre/ Os sinos tocam assim”. Dobrarão até ao fim dos tempos.”

    Esta era a ACADÉMICA de outros tempos, a ACADÉMICA do nosso orgulho, a ACADÉMICA que aglutinava, a ACADÉMICA que foi construindo a sua história.
    Gostaríamos de a ver de volta?
    Claro que sim.
    Nos dias de hoje, não seria a mesma coisa…

    Responder
    • Filipe Graça diz

      14 de Março de 2019 em 10:14

      excelente partilha caro AAC

      Responder
    • ...o verdadeiro diz

      14 de Março de 2019 em 17:59

      “Nos dias de hoje não seria a mesma coisa …”

      Pois não, seria tão mais importante 🙂

      Responder
  3. Pedro Silva diz

    12 de Março de 2019 em 15:05

    Boa tarde a todos.
    Seria conveniente, para abono da verdade no desporto, que a segunda divisão tivesse VAR nas últimas jornadas para evitar irregularidades “mal” julgadas.
    Façamos todos força.

    Responder
    • o verdadeiro diz

      16 de Março de 2019 em 21:30

      Totalmente de acordo !!

      Responder
  4. Filipe Graça diz

    12 de Março de 2019 em 8:13

    Enorme perda de um simbolo da Académica e mais uma vez Sarabia com um grande texto dedicado ao Vitor Campos. Dentro das 4 linhas mais uma vitória para continuar pelos lugares de cima e continuar a acreditar que ainda é possivel estar na luta. O mote para este jogo foi para jogarem com a raça à Vitor Campos e eu diria que o mote para os restantes jogos seria o mesmo.
    Sabado é somar mais 3 pontos para continuar lá em cima.

    Saudações Académicas

    Responder
  5. Sarabia diz

    10 de Março de 2019 em 19:35

    Descanso e não descando. Peço remissão pelo lapso.
    …
    Bonita homenagem a Vitor Campos feita hoje pelos nossos rapazes.
    A Académica dos meus sonhos e meninice morreu. A memória, essa é afectiva, sempre surge para muitos sentida de mais ou menos imaginativa.
    A Académica, ainda possível, parece viva e quanta vivacidade não teria a mais se aquando da visita a Famalicão a subida estiver no horizonte. Era uma enchente como as de antigamente.
    …
    Vamos embora Académica!!!
    (vai haver sangue na próxima jornada)

    Briosa para sempre

    Responder
    • o verdadeiro diz

      10 de Março de 2019 em 19:48

      Corrigido … 🙂

      Responder
    • 44 diz

      10 de Março de 2019 em 19:52

      Quero crer, pelo menos assim penso, que a “A Académica dos meus/nossos sonhos e meninice” é eterna…muitos parabéns pelo texto e pela homenagem ao, eterno, Dr. Vítor Campos.

      Saudações Académicas.

      Responder
      • Sarabia diz

        10 de Março de 2019 em 20:13

        Eterna será meu caro.
        O texto/poema é de W.H. Auden datado de Abril de 1936.
        Abraço

        Briosa para sempre

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