O jogo de hoje foi uma vergonha e exigem-se responsabilidades.
Os principais responsáveis desta situação que assumam os erros, que assumam a total falta de inteligência e capacidade para o cargo que exercem e peçam a demissão.
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Comentários
FFdiz
Antes de explanar algumas ideias, deixo o meu orgulho por poder participar neste espaço em que se conseguem discutir ideias de forma elevada e séria. Como escrevi, algures ali por baixo, o que nos une é mais relevante do que aquilo em que divergimos e será, sem dúvida, desta discussão, ou de discussões necessárias deste tipo, que a Académica crescerá e se reencontrará. Estamos perdidos em nós. E, no fundo, teremos todos uma ponta de razão e será na equidistância das visões que estará o futuro sólido, sustentável e bem-sucedido da Académica.
Não vejo, como refere o Briosa Paixão, uma guerra civil. Ou, se a há, não estou como parte beligerante, apenas como parte interessada e activa que prefere reforçar aquilo que acredita para não nos esqueçamos que a memória alicerça o futuro. E que, aquilo que pode ser visto como anacrónico, pode ser um activo e um património. E, no fundo, alguém que relembra, ao escrever, porque é que é da Académica e o gosto que tem em ver mais pessoas a entendê-la. Mais pessoas a serem “anormais” (hoje ouvi “mas não podes ser normal e ser dos três grandes”. Não, não consigo. Nenhum de nós, consegue).
Eu também quero uma gestão profissional adaptada a um modelo que não podemos contrariar. Nunca disse o contrário. Uma gestão que explore activos que temos e que, autofagicamente, renegamos como tal. Reitero que a minha visão não é anacrónica. É de futuro e alicerça-se numa estratégia. Por exemplo, na formação, onde podemos obter proveitos significativos na rentabilização e atractividade de activos, portugueses ou de fora de Portugal. Por exemplo, no futsal ou nos sub-23 onde podemos concretizar a nossa matriz. Por exemplo, na definição da selecção de talento baseada em factores que não só o desportivo. Tivemos recentemente provas que não será o sucesso desportivo a alavancar o nosso potencial, ainda que o mesmo ajude, no reforço da ligação popular à equipa.
Por outro lado, enfrentamos o dilema de quase todos os clubes, com especial incidência numa cidade que definha. Estou fora de Coimbra há treze anos e essa realidade nunca foi tão evidente. Mesmo o Braga, há uns quinze anos, tinha uma base de apoio diminuta. Teve-o a reboque de uma estratégia local e de sucesso desportivo que soube alcançar. A nossa tarefa é semelhante aos outros clubes. Encontrar a fórmula que traga gente. Não a temos encontrado, de forma a termos gente como merecemos, ainda que tenhamos gente que poderá estar, que já esteve e que faz falta.
Eu quero uma Académica forte, como qualquer um de nós. Não consigo é achar que lá chegaremos a repetir aquilo que outros clubes fizeram. Não o conseguiremos nunca na cidade em que estamos, na conjuntura do futebol português e a transformar em pontos fracos os nossos activos. Ou entender como anacrónico aquilo que, no fundo, pode ser moderno, inovador e potenciador do nosso sucesso. Haja liderança capaz. Haja visão.
Não maço mais. Deixo uma saudação a todos. E a certeza que, no meio do turbilhão, nos podemos encontrar e que é possível subir, ainda. E, com isso, iniciar, mais uma vez, a alavancagem da Académica. Que seja a última vez que tal acontece. Que encontremos a nossa sustentabilidade e a nossa identidade, na equidistância das ideias e dos modelos. Sem fórmulas fáceis. O nosso sucesso passará pela negação das fórmulas fáceis e dos lugares comuns.
Já agora, e confirmando-se o João Alves como timoneiro, temos o melhor treinador do mundo. Que o deixem trabalhar. Que lhe dêem liberdade para escolher equipas. Eu acredito que vamos subir e que temos plantel para isso.
Basta olhar os comentários, para se perceber que estamos em guerra civil. O zénite deste confronto, teve o seu auge quando um pequeno grupo dos arredores de Lisboa, veio a Coimbra fazer uma peladinha onde levámos 7. Uma humilhação ! Diz o ditado popular que casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão. Razão terá, em meu entender, quem percebe que a industria do futebol fez dos emblemas empresas e que têm que ser geridas como tal. Nós, os da Académica, dizemos que somos diferentes e que somos uma CAUSA. E SOMOS !!! Mas, para lá da Causa, quando o nosso grupo negro entra no relvado, tem que levar no seu rasto a capa e batina, a guitarra de Coimbra e a voz de Hilário. MAS, no contexto atual, temos também que ser Académica – Empresa, a lutar com armas iguais com o adversário. Sonhadores como os poetas. Mas frios e objetivos como um cálculo matemático. Só assim sobreviveremos nesta selva mal frequentada que é o futebol profissional. Podem cruxificar-me e até ofender-me, mas nesta vulcão, se calhar o que precisamos mesmo à frente da Briosa, é de um de empresário que bem faça e arranje suporte financeiro para termos uma equipa competitiva, em lugar de um qualquer doutor em punhos de renda, sem perceber nada do mundo do desporto profissional. Estamos à deriva. Sem Direção, sem treinador, sem jogadores motivados e sem rumo. O futuro é uma grande incógnita. Apenas um glorioso passado é uma realidade e nosso espólio.
No desnorte que por aqui vai e até de frases infelizes , a que propósito falar da União de Coimbra que já nem existe ? Porquê levantar fantasmas sobre um pequeno clube de raiz popular da cidade, que nunca teve a capacidade, nem nunca teria, de se comparar com a dimensão à escala planetária da Académica com simpatizantes por todo o mundo. Contudo, respeitar o pequeno clube coimbrão que foi… Tal como vós, vou acompanhando este espaço e dar MÉRITO a todos quantos, apaixonadamente, querem dar o sua opinião e contributo. Agradeço a todos. Eu, a comentar e já com uma idade simpática, jamais terei estofo para ter o brilho de muitos amigos sobre a nossa realidade atual.
UMA CAUSA NÃO MORRE. Mas o doente pode falecer se não lhe acudirem a tempo. E é isso que todos queremos. SALVAR A NOSSA ACADÉMICA !!!
A diferença que fala, faz com que cada ano que passa a nossa Briosa se afunde. Respeitar o passado sim, mas temos que nos adaptar e andar para a frente. Tenho que respeitar a sua opinião, mas não é com Hilarismos que vamos melhorar a situação.
A diferença que se fala não é o passado, é a nossa ÚNICA vantagem concorrencial que temos para colocar o produto num mercado global e garantir a nossa competitividade e sobrevivência. Mas entender isto pode ser, de facto, muita areia para certas camionetas 😀
FFdiz
Paula, para defender a Académica todos somos poucos. Fique por aqui que fazemos todos falta, na celebração daquilo que nos une. É mais o que une o que aquilo que nos separa, nas visões divergentes/complementares sobre a Académica. Aceite um abraço
Vocês realmente são únicos, inteligentes, tudo bem. Não vão voltar a chamar-me burra, pq não farei mais nenhum comentário neste site, que é só de inteligentes retrógrados . Vou somente vendo e lendo os futuros comentários dos machos inteligentes.
Sarabiadiz
Cara Paula Fontes
Único e inteligente é aquele que consegue ser pleno na sua humildade e na sua simplicidade. Macho é qualquer um que se faça comum sendo importante entender a importância do feminino que traduz mãe ,que traduz natureza, que traduz terra e que traduz vida…simplesmente e abundantemente. A Académica é feminina e talvez ainda consiga ser diferente. Eu acho sublime o comentário do meu amigo Briosa Paixão como encontro preciosa cada palavra sua. Claro que o FF-Filipe Fernandes assinala um conjunto de brilhantes comentários que vão ao encontro do que me fez um dia ainda moço ser da Académica e nessa linha…o verdadeiro vai procurando acentuar aquilo que nos pode diferenciar. Mas sabe? Se eu nascesse à data de hoje mesmo cumprindo-se o nono dia de Outubro talvez não encontrasse motivo para ser da Académica a que vamos assistindo. Dei-me conta enquanto lia que estava a aprender com o Pedro, com o Kilkus e com o Tiago Freitas. Não importa ter razão minha amiga porque cada um tem a sua. Importa sim partilhar, e de preferência com afecto e dádiva. Importa sim e decisivamente procurar- Salvar a nossa Académica! Encontrar um qualquer futuro que nos confira sentido enquanto o presente não nos sufoca de vez. Pode contar comigo porque eu vou contar consigo. Todos somos poucos…sobretudo no momento que passamos. Deste seu leitor aceite uma saudação ou um simples beijinho conforme lhe aprouver ou entender como adequado.
Briosa para sempre
Pedrodiz
Briosa Paixão, deixe-me só dizer uma coisa. É óbvio que o União não conta muito. Eu queria apenas tentar explicar um pouco a raiz do divórcio entre a Académica e a cidade. Podemos todos concordar que esse divórcio existe, certo? Aliás, sempre existiu verdadeiramente. A Académica tem de adoptar outra estratégia, um outro discurso, não sei qual. Não podem esperar que sejam os miúdos que aqui chegam com 18 anos que abracem a vossa bandeira. A maior parte deles até já vem com clube. Mantenham os valores, a mística, o que quiserem, mas invistam na equipa. Os adeptos fazem-se de meninos e não há maior incentivo para se ser adepto do que as vitórias. Adaptem-se.
Caro Pedro Respeitar o passado e adaptando-nos às realidades competitivas de hoje. Estou em pleno acordo consigo. A vertente empresarial, parece-me a única saída. A marca “Académica”, globalmente bem aceite na sociedade, poderia ser potenciada comercialmente, assim houvesse astúcia para a rentabilizar por gente profissional. Seria um caminho a percorrer, com retorno à primeira liga. Com uma equipa competitiva a disputar a primeira parte da tabela classificativa, acredito que o Estádio teria mais audiência, mesmo daqueles que, vivendo ou estudando em Coimbra, sempre gostariam de por curiosidade ver evoluir as melhores equipas nacionais e permitir à Académica encaixe financeiro complementado pelas receitas televisivas. Mas é um caminho longo, que não se compadece com amadorismos e também como diz e bem, com o perder de protagonismo da cidade. E, infelizmente, não se passa só no plano desportivo. Coimbra perdeu o seu tecido empresarial e é quase e apenas uma cidade de serviços. Vive de uma universidade que ainda é referência e de um hospital competente a rebentar pelas costuras. E a Académica de hoje, é um pouco o espelho da nossa cidade. Mas é preciso fazer alguma coisa. O passado brilhante da Académica, que chegou a jogar em palcos europeus, assim o merece e exige. Um abraço
FFdiz
Pedro, terminando o diálogo de forma simples e directa. Nós adaptámo-nos. O mandato do JES foi uma adaptação ao futebol moderno. Deu no que deu, mesmo com sucesso desportivo, pelo meio. A cópia de todos os outros deu numa descida miserável à Segunda, com umas três épocas de atraso. Deu-me razão para escrever muito por aqui. E deu-me razão para ser uma voz activa para lembrar isso. Com uma liderança mais competente, ainda que não se possam assacar só coisas negativas ao JES, teria sido diferente? Poderei ser o único a achá-lo, mas duvido.
Sarabiadiz
Excelente troca de comentários entre os académicos: FF …o verdadeiro Pedro Kilkus e Tiago Freitas …algures entre um ideal de Académica e uma Académica possível. Merecedores de um post com a reprodução dos respectivos comentários. O meu agradecimento aos cinco. … Mais duas observações. O caro Pedro é da Académica. Quer é encontrá-la dado que não lhe está a ser oferecida. O caro Tiago Freitas talvez venha a mudar de opinião quanto a Carlos Pinto. O tempo dirá.
Obrigado pelas palavras. Faz-se o que se pode com o pouco que se tem, na certeza que aquilo que se escreve, por aqui, pretende ser um humilde contributo, às vezes demasiado espontâneo, para que possamos pensar a Académica. Se não o fizermos, definhamos.
Pedrodiz
Mas que grande discurso, FF. Então, entendeu onde quero chegar? Ainda bem. Não, o problema das assistências da Académica não é esse emaranhado de argumentos, incluindo qualquer coisa relacionada com “estratégias”, tem mais a ver com a ligação à cidade. Olhe, sincero foi o outro ali em cima que disse que se está a lixar para a cidade, assumindo o que é do conhecimento comum, aqui e em todo o lado: A identidade da Académica é dos estudantes. É ou não é isso que a torna especial? São ou não são as capas negras um dos maiores simbolos do clube. O exemplo do seu avô é digno, mas sabemos ambos muito bem que o meio operário de Coimbra não era o meio tradicional da Académica. Sabemos ambos, FF. Se não era o União, mais depressa era do Benfica do que da Académica. Ou quer que ponha os velhotes a falar? Os da cerâmica, os dos texteis os das bolachas, a malta da baixa, da pedrulha, da conchada, etc? Eles é que iriam rir muito. Ainda me lembro das cenas de porrada entre a estudantada e a malta da arraia miúda do Ónião. Tinha a sua graça. Olhe, farta-se de falar de identidade, e a Académica isto e aquilo. Quer identidade com verdadeira raiz popular? Quer outro exemplo para além daqueles que falei? Olhe, tem o Leixões. O exemplo do Bilbao continua a espantar-me. É claro que ambos têm uma identidade, Bilbao e Académica, mas são identidades de natureza completamente diferente. Se a Academica tivesse o tipo de identidade do Bilbao, o estádio estava sempre cheio, porque ali a identidade tem a ver com a terra e a população. Olhe, eu quero é que a Academica suba, estou farto de dizer. Quero ver aqui os clubes grandes e ver bom futebol e a cidade cheia de gente. Resolvam lá isso.
Está a ver como concorda comigo ? Se a Académica não tivesse perdido a identidade tinha o estádio sempre cheio … Portanto aquilo que faz sentido do ponto de vista DO NEGÓCIO é mantermos a identidade. Gerir a Académica de forma PROFISSIONAL é potenciar a marca, é viver nos tempos DE HOJE e GLOBALIZÁ-LA …
Verdadeiro, a Académica perdeu a identidade? Não perdeu nada. Eu ouço o mesmo discurso dos valores académicos há 50 anos. O problema é que muitos ainda não entenderam que o mundo mudou em volta. Não ligue, isto são picardias de um futrica. 😉 Eu quero mesmo que a Académica tenha uma grande equipa. Vá, outro abraço de volta.
FFdiz
Caro Pedro, o discurso é o que se arranja. Faz-se o que se pode, na defesa daquilo que se acredita. Daquilo que se ama. Naquilo que o Pedro desqualifica eu vejo um raciocínio coerente e estratégico. Consigo perceber o seu raciocínio, não considero que o Pedro perceba, verdadeiramente, o meu, vendo-o pelo prisma redutor da desqualificação fácil. Desculpe, mas é o meu sentimento. A questão do União, levantada por si, pretende, a meu ver, alicerçar o seu raciocínio num entendimento que renego, aquele que o povo de Coimbra estaria com o União e as elites ou coisa parecida com a Académica. Não concordo, nem nunca irei concordar. Porque não é verdade e, mais uma vez, reduz-se uma realidade complexa. Espero que fique contente com a subida da Académica. Eu que já subi, e desci, ficarei contente com uma Académica sustentável, a todos os níveis. Usando a sua expressão, uma Académica que se resolva. Subir é um passo necessário para que se pense nessa sustentabilidade. Apenas o primeiro. Já agora, e sem ironia, faça-se sócio. Vá ao estádio. Apoie o clube da sua cidade. Gostarei de o ver lá, a si e a todos que fazem parte do povo de Coimbra.
Pelo que se vê nalguns comentários esta Direção está a semear alegrias aos futricas da Arregaça, que agora já só se podem animar com a desgraça da Académica…
hehe, e o amigo, vai namoriscar com as lavadeiras do Mondego?😉
a pedrodiz
Se fossem lindas e eu tivesse idade para isso…
Pedrodiz
Ah, é da idade. Já entendi tudo. Pronto, eferreá, fado hilário e coiso e tal para si.
Pauladiz
Normalmente vai-se pela forma mais simples que é a demissão do treinador, nem sempre a mais justa. No nosso caso o treinador não era, desculpem a expressão, grande coisa, mas viu-se ontem, que ele não era o principal problema, já o disse aqui. Todos teem a sua cota de responsabilidade. O que me magoou mais vou ver uma equipa que mesmo a perder, não “comeu a relva”, como se costuma dizer. Irritou-me a displicência dos jogadores, parecia que estavam a perder por poucos ou mesmo a ganhar. O Estoril apesar de estar a ganhar por uma boa margem, não deixou de jogar. Notou-se uma equipa com fio de jogo, jogo simples, chega á equipa adversária com fluidez e simplicidade. Não mereciam os milhares que estiveram o degradante espetáculo que assistiram. Eu que nunca saio a meio do jogo, ontem quando foi o 6º golo vim embora. Fiquei para a 2ª parte pq pensei que fossem reagir dar tudo, mas o que vi foi uma ténue resposta sem qualquer rumo. O treinador que vier, e se vier, vai ter que mudar muita coisa, para além da tática de jogo, tem que dar 2 berros aqueles que se dizem profissionais, e que ontem demonstraram o contrário. Certamente que a equipa de juniores mostraria mais garra e jogo em campo. Este resultado para além de não se usar, mostra que a equipa bateu no fundo. Uns jogadores que foram ganhar mais, e tem toda a legitimidade para o fazer, foram substituídos mal. A outros que cá estavam eram promessas foram despedidos. Veja-se o caso, só para dar o exemplo de João Gomes e o 2º guarda redes da época passada, que não me lembra agora o nome, com a saída do Ricardo Ribeiro, tinham oportunidade de mostra e jogar com mais regularidade, não foram despedidos, para serem substituídos por um Peçanha que não vale nada, apesar de ontem não ter a culpa total no resultado. Realmente não dar voz aos que vem dos juniores, pois é preciso tempo e espaço para se adaptarem aos seniores, e isso não lhes é dado, ou então escolhem aqueles que tem menos valor, escolhas por compadrio em detrimento de brasileiros que valem menos. Para além disto, temos que ser nós sócios a tentar mudar as coisas, e continuo na minha, temos que optar por uma gestão mais profissional, porque não a SAD, porque sei que há gente que quer ejetar dinheiro na Briosa, só não o faz, pelo tipo de gestão atual. Não venham com a lenga lenga, que a Briosa deixa ser dos sócios, por isso, é que não saímos da cepa torta, e ano após ano, cada vez menos Briosa, e cada dia que passa, se vê uma cidade cada vez mais distante e sem identidade ao clube. Não é com resoluções instantes, de substituição de sucessivos treinadores que vão resolver. Por isso. faça-se pressão, apesar de estarmos no inicio da época, de mudar o rumo deo clube, já é hora, senão, teremos que fechar portas ou ir parar aos distritais, já faltou mais. Quem tanto criticava J. Simões, que fez muita asneira, mas como não há homens perfeitos. Estes estão acabar com tudo, ou a fazer pior.
Cara Paula Gostei do seu texto e em parte concordo com o mesmo mas, no resultado de ontem se há algum culpado principal esse é o Carlos Pinto, tudo bem que já saiu do clube mas, a preparação do plantel e da equipa para esta época foi dele ficando bem saliente que não só a escolha desse plantel foi mal feita como a preparação inexistente. Não vejo onde a Académica possa ter jogadores inferiores a outros clubes da segunda liga ou jogadores inferiores de tal ordem a sofrerem 7-2 em casa perante uma equipa como a do Estoril. Sobre as direcções e presidentes, infelizmente desde o Dr. João Moreno que a Académica não tem um verdadeiro líder.
Neste momento difícil para todos nós, alguém tem de tomar responsabilidades e temos de nos unir e remar para que a nossa briosa possa sair do buraco onde se encontra. Foi difícil ver a Académica especialmente porque me encontro do outro lado do globo. Planear melhor e executar com critério dentro das nossas possibilidades, acredito que temos capacidades para fazer mais, ser mais modestos também não nos faz mal. Para mim estava numa de apostar num treinador jovem do CNS que tenha vontade de crescer. Temos que manter as nossas referências só assim conseguimos passar os valores para os mais jovens. Ontem a Académica perdeu infelizmente, para mim raramente perde quanto muito fica atrás do atrás do marcador.
Em junho de 2016, 785 sócios dirigiram-se ao pavilhão Jorge Anjinho para votar. Paulo Almeida foi eleito presidente da Associação Académica de Coimbra /OAF com 549 votos a favor, 117 nulos e 119 brancos. Liderava uma equipa que representava um corte geracional tendo em conta que quase todos os vice-presidentes da direção tinham menos de 40 anos. Nas primeiras declarações afirmava que a partir daquele momento poderíamos esperar da AAC ser o reflexo de uma direção pujante. Acusava a anterior direção de se ter divorciado da academia, da cidade, da região, da Câmara Municipal. O lema da campanha foi o compromisso de devolver a AAC ao seu lugar (presume-se que a I Liga). Passaram pouco mais de 2 anos e julgo que podemos afirmar que estes incompetentes conseguiram arrastar a nossa Briosa para o desastre desportivo e financeiro. Existe um conjunto de questões que continua por responder: 1. Por que motivo abandonou Paulo Almeida a direção da Académica 10 meses após o ato eleitoral? 2. Por que motivo Direção e Assembleia decidiram que o jovem Roxo deveria assumir a presidência da Briosa sem uma legitimação através do voto dos sócios? 3. Quais são as verdadeiras razões para a alienação do património imobiliário da Académica? 4. Como se justifica a imediata suspensão do projeto dos sub 23 da Académica em 2016 e a razão que fundamenta o retomar do projeto em 2018? 5. Porque se tem desprezado os melhores valores da formação da Académica: Pedro Nuno, André Vidigal, João Simões e outros? 6. Que objetivo se pretendeu atingir com a contratação do líder da mancha negra para o exercício de funções remuneradas na instituição (diga-se que até esse momento essas mesmas funções eram exercidas sem qualquer remuneração)? 7. Quem decide a contratação de atletas e equipas técnicas (consta que é um tal patrão, que se intitula agente FIFA, que será o autor destes desmandos)? «Quem, infringindo intencionalmente normas de controlo ou regras económicas de uma gestão racional, provocar dano patrimonial importante em unidade económica do sector público ou cooperativo é punido com pena de prisão até cinco anos ou com pena de multa até 600 dias» (artigo 235.º do código Penal). Pergunto se a definição de «gestão danosa» que consta do código penal se aplica à atual direção? É um facto que se trata de uma gestão incompetente e irracional que tem provocado dano patrimonial. Arrastaram a Académica para o desastre desportivo e financeiro. Resta saber se é intencional … Quando ouvi a notícia que o jovem roxo se ia dirigir aos sócios no final do jogo, pensei de imediato que, num momento de lucidez e verdadeiro academismo, se iria demitir … ingenuidade minha. A garotada está alapada às mordomias inerentes ao cargo e parecem cada vez mais empenhados em destruir a Académica.
Responsáveis? Costuma ser o treinador. Mas agora não temos. Atirar culpas para a direção? Mandamos embora a direção e depois quem fica com as culpas? Interessa é encontrar soluções.
caro Luis. Não se trata de procurar culpados trata-se sim de responsabilizar quem teve responsabilidades nesta humilhação. Se são os jogadores é pau para cima se foi a direcção têm que ser igualmente exigidas responsabilidades. Agora, uma derrota em casa por 2-7 perante uma equipa que estava a meio da tabela não pode morrer solteira. É necessário uma purga dentro da Académica há um total desrespeito para com os adeptos. Até o simples caso do frangueiro se rir com ar de gozo para os adeptos deveria ser motivo de acção disciplinar por parte do clube.
O herdeiro do presidente já disse que a responsabilidade é só dele, aguardemos as consequências…
Luisdiz
Certo. Mas agora é difícil. A época já está lançada e na minha opinião será planear já a próxima. Qualquer “solução” será mais um remendo.
Pauladiz
Não era ele que devia pedir desculpas, mas sim os jogadores. Quem jogou não foram os jogadores? O presidente, que não duvido do seu amor ao clube, mas sinceramente já é hora de jogar melhor em termos diretivos, ou então pedir a demissão, e enquanto se prepara eleições, manter-se como presidente, que não foi o eleito, porque esse só quis holofotes . Fugiu com “rabinho entre as pernas”.
Jorge Martinsdiz
Hoje, sofri uma das maiores humilhações que me lembro em quase 50 anos de sócio da nossa Briosa. Realmente, sofrer uma goleada de 7-2, em casa, perante o Estoril, na 2ª Liga, é assustador. Gostaria de poder dizer que, hoje, batemos no fundo. Infelizmente, receio que afirmar isso peque por otimismo. Desde logo, uma questão prévia. Será possível que se tenha despedido o Carlos Pinto sem ter ninguém a postos para o substituir? A verdade é esta: a equipa não estava bem, até porque o plantel foi sendo completado “a conta gotas”, mas não é menos certo que, na jornada anterior, tínhamos ido ganhar a Faro. É certo que, depois, fomos eliminados da Taça por uma equipa do terceiro escalão, mas, infelizmente, nos últimos quatro anos, foi a terceira “avaria” do género. Mas bastou uma contestação mais acirrada por parte de alguns adeptos e toca a despedir o treinador. Claro que não sei o que se passa no balneário, mas desconfio que não seja bonito de ver… Em todo o caso, não havendo nenhuma “carta na manga”, mais valia ter tido paciência e aguentar o técnico. Assim, fomos para um jogo importantíssimo, frente a um adversário forte, com uma solução interina e, pelo que se viu, sem qualquer estudo do adversário. Um exemplo claro de que não existe uma estratégia consistente, mas apenas o “navegar à vista”! E que o amadorismo continua a fazer escola pelos nossos lados! E, se calhar, o “patrão” ainda vai meter por aqui algum “petit nom” como treinador, para continuarmos a ter um jogo “petit”… Sobre o pesadelo de hoje, há a dizer que quase tudo foi mau na equipa, que esteve totalmente à deriva, sem “rei nem roque”. Apenas no início da 2ª parte, até ao 2-5, mostrámos alguma vontade de “dar a volta”. De resto, parecia que estava quase tudo a fazer um frete. Peçanha sofreu sete golos sem grandes culpas, mas mostra que, ao contrário do Ricardo Ribeiro, não faz aquelas defesas “impossíveis” que dão pontos. A defesa (?) foi um verdadeiro passador. Jean Felipe fez o pior jogo que alguma vez vi fazer a um profissional de futebol. O facto de ter vindo do Estoril (e de conhecerem bem as suas limitações) fez com que eles canalizassem grande parte do jogo pelo seu corredor. Para além de “oferecer” o 5º golo, numa perda de bola que nem nos juvenis se admite, abriu “autoestradas” no 2º, 4º e 7º golos. Onde para o Mike? Do outro lado, o Nelson Pedroso foi menos castigado, mas “ofereceu” o 6º golo e nunca deu segurança no seu corredor. Os centrais, João Real e Brendon, completamente “aos papéis”, foram totalmente batidos nos 2º, 3º e 7º golos. O 1º, na sequência de um “canto”, foi uma fruto de uma falha coletiva de todo o setor. O meio-campo não existiu, especialmente ao nível do processo defensivo. Não havia pressão, nem alta nem baixa, e os jogadores do Estoril puderam trocar a bola a seu belo prazer e lançar os seus avançados, com bolas para trás das costas da nossa defesa (?). Reko, com o seu “metro e meio”, não parece ser o “trinco” de que a equipa precisa e andou sempre à deriva. Que é feito do Ricardo Dias? E renovaram com o Fernando Alexandre para quê? Guima voltou a mostrar desacerto em vários lances, parecendo acomodado à titularidade. Ki ainda foi o mais mexido, sendo dele a assistência para o 1º golo. A sua saída, ao intervalo, só se justifica por já ter um cartão amarelo. O seu substituto, Zé Paulo, pouco mostrou. No ataque, Traquina não se viu. Foi substituído por Marinho, que mexeu com o jogo, atirando uma bola ao poste, embora já com 2-6. Do outro lado, Romário Baldé teve alguns bons apontamentos, especialmente na 2ª parte, e foi um dos melhores nos primeiros 20 minutos da 2ª parte, o período menos mau da equipa. Hugo Almeida fez aquilo que se pede a um ponta de lança: marcou dois golos, o 1º dos quais num excelente cabeceamento, e deu muito trabalho à defensiva do Estoril, que mostrou algumas debilidades. Sofreu uma lesão muscular já perto do final e arrastou-se vários minutos no campo sem necessidade, podendo ter agravado a lesão. Será que ninguém, no “banco”, viu isso? É que foi preciso o jogador pedir a substituição, porque já não dava mais. Djoussé entrou para o substituir, mas já não havia tempo nem espírito para fazer algo que se visse. Já agora: será que não podiam jogar os dois à frente, com a equipa num 4-4-2, especialmente com o Marinho em campo, agora que até temos um bom flanqueador do outro lado (o Baldé)? No geral, a atitude foi péssima, mas acho que será redutor colocar a culpa apenas nos jogadores. Tal como o foi fazer do Carlos Pinto o “bode expiatório” do muito que está mal ao nível da estrutura do clube!
Esta Académica tem mais coisas que ninguém entende do que todos os outros clubes. Primeiro, tivemos há dois anos, um jovem lateral direito que se mostrou promissor, foi encostado no ano passado, passou a dispensado pelo ex-treinador e agora joga nos Sub23. Por sua vez, para esta posição o ano passado veio um Mike que custou a aparecer mas foi sempre esforçado e com atitude. Neste momento está encostado por um Jean Filipe que anos a luz tanto de um como de outro, só interesses menos sérios podem justificar a sua contratação e convocação. O mesmo se passa com a posição de trinco/box-to-box, que no jogo de hoje se apostou em Reko. O miúdo até pode ser bom com a bola mas de certeza que não é para esta posição, Fernando Alexandre e Ricardo Dias fizeram nos últimos dois anos um trabalho muito capaz, não percebo esta opção da mesma maneira que o Pedro Paulo não é médio ofensivo, talvez segundo avançado a jogar nas costas do Hugo Almeida ou do Djoussé, nunca com funções criativas.
O Ricardo Dias e o Fernando Alexandre estão lesionados desde a anterior paragem para as selecções.
Pauladiz
Tem razão. Não sei para que é que querem uma equipa de juniores, que está a demonstrar algum valor e bons resultados. Pois quando chegam aos seniores são sacudidos por dá cá uma palha, e são substituídos por jogadores menores. a estes últimos dão-lhe tempo, os ex juniores não dão tempo nem espaço, e os ex juniores que cá se mantem não eram as melhores opções
Jesuédiz
Estou chocado! Pior era difícil! É verdade que o os da linha têm uma excelente equipa, mas nós pusemo-nos a jeito! Cedo se viu que o lado esquerdo do ataque deles, fluía com grande facilidade. Foi assim até ao fim. Nunca tivemos meio campo nem defesa. Do jogo ficou uma certeza: a total incompetência da direcção! Só uma direcção incompetente constituiria uma equipa assim, achando-a capaz de lutar pela tão merecida subida. Tenha um rasgo de dignidade: demita-se! Desde há muito que não sei ser de outra coisa, senão da Académica. Sinto-a como se fosse minha. Estou muito triste. Saudações Briosas!
Conviria entender alguns erros capitais que traduzem a actual situação sobretudo porque o que se está a passar é consequência dos mesmos. José Eduardo Simões teve muitos méritos e muitos deméritos. Colocou a Académica em patamares impensáveis de um ponto de vista competitivo com vitórias sobre Benfica, Porto, Sporting e acima de tudo com uma Taça de Portugal. Tentou com muitas oscilações tornar a Académica mais profissional, mais igual aos outros defendendo um modelo de SAD que talvez, apenas talvez, representasse o melhor designio para os nossos propósitos. Na realidade ao ver chumbada a sua SAD deixou-nos não apenas na segunda, mas também completamente depenados para não dizer falidos. Pós José Eduardo Simões nunca houve um projecto de base (como não havia) que até poderia ter tido inicio. Numa primeira fase com Costinha que a 2/3 anos nos colocaria na primeira divisão ou pelo menos nos faria entender um qualquer propósito com maior e melhor fundamento mesmo permanecendo na segunda. A verdade é que Costinha foi praticamente dispensado sem grande indignação da maioria dos adeptos e inclusive com o aplauso de eternos insatisfeitos que parecem não entender a indústria do futebol como parecem não entender que a Académica só obterá resultados em função da sua capacidade estratégica e do trabalho que for feito nesse sentido. Numa segunda fase com Ivo Vieira por ausência de um projecto base a 2/3 anos. Neste caso não houve cuidado, não houve prevenção antes havendo sobranceria, arrogância e total falta de humildade como se a Académica fosse superior aos outros todos pelo nome, pela história, pela nobreza, pelo romantismo e por ausência de verdadeiro fundamento como trabalhar a sério e dar prova disso mesmo no terreno de jogo. Esta época dá-se algo de insólito pela incoerência ao apostar em Carlos Pinto. Não obstante penso que até seria uma boa aposta a 2/3 anos porque mostrou qualidade por onde passou e o seu trabalho haveria de dar frutos fossem eles melhores, razoáveis ou até menores. Sem que se entenda o motivo, em minha opinião, rescinde-se após a 5ª jornada com o treinador, mas muito pior, sem qualquer estratégia, sem qualquer plano e sem qualquer aposta coerente fosse ela de curto, de médio ou de longo prazo. Com Carlos Pinto e à 5ª jornada ainda estavamos a fechar o plantel, ainda só tinhamos uma derrota com o líder e 3 golos sofridos. De inaudito e inusitado surgem nomes como o de Augusto Inácio que representa quase tudo o que a “minha” Académica não deveria representar. … Sem muito mais. Importaria alguma humildade, algum conhecimento e alguma coerência por forma a encontrar um caminho que seja o nosso, pelo menos o nosso…já que parecemos estar a caminhar fora de nós próprios e do que poderia ser nosso. Apenas avivar a memória de quem sentiu e viveu a década de noventa aonde levar 6-0 do Salgueiros, do Amora ou do Penafiel ou mesmo 7 do Chaves não serviu para impedir a nossa recuperação e superação posterior relativamente aos mesmos. … Estou triste, mas não surpreendido. Abraço a todos.
E o trilho para fora dessas “fatalidades” nos anos 90 é o mesmo trilho que teremos de fazer … Ou percorremos esse caminho ou a extinção é o próximo passo …
Excelente análise. Se queremos uma equipa com ambição, bem gerida, construir alicerces, temos que optar porque quem queira investir e mude o tipo de gestão amadora. Obviamente que não há sistemas perfeitos, mas neste momento precisamos de rumar e exigir referendo para se optar, ou manter a SQUD ou virar SAD.
Ando sempre a prometer a mim próprio que não ligo mais a futebóis e, muito menos, escreverei algo mais sobre o assunto. Porém, face ao descalabro que aconteceu hoje de manhã, não resisti ao impulso de exprimir uma vez mais a minha desilusão, a minha “revolta”, enfim, a minha “desistência” de lutar por uma causa que, até há uns anos atrás, me enobrecia. Tenho 60 anos de idade e levo já mais de 50 de academismo e, que eu me lembre, nunca “levámos” sete em casa, ainda por cima jogando numa divisão inferior. Já aconteceram outras goleadas em casa, mas tão expressivas como a de hoje, sinceramente não me lembro. No entanto, apesar da tristeza, tenho que reconhecer que o que se passou hoje era de esperar que, mais tarde ou mais cedo, acontecesse. A miserável pré-época e as prestações medíocres das primeiras jornadas deixavam antever que, este ano, as coisas não iam correr nada bem. Pedras Salgadas anunciou-o e o desastre acabou por acontecer hoje. Agora, consumada a “desgraça”, há que apurar responsabilidades, dizem alguns, castigar jogadores, dizem outros, e, mais alguns, dizem ainda que a culpa é do pobre do Vítor Vinha que, sem o pedir, foi “empurrado” para o teatro de operações. Outros há – e, pelos vistos, não são assim tão poucos! – que exigem a demissão da direção. Enfim, está montado um clima de “guerra civil” cujo final pode passar por aquilo que ninguém quer admitir – a extinção do OAF. Acerca do atual momento e de todas as guerras e guerrinhas em torno dele, gostaria de formular algumas perguntas. Assim: – qual é o treinador que, no atual momento e sabendo das guerras internas na AAC, está disposto a vir “queimar-se” para Coimbra? Parece-me que a resposta é evidente a basta olharmos para nós mesmos e para os nossos próprios trabalhos/profissões e questionarmo-nos se aceitaríamos, por exemplo, uma promoção sabendo de antemão que iríamos de imediato levar com umas “facadas nas costas”? Vocês aceitavam? Eu não! – qual é a pessoa (ou conjunto de pessoas) que, em função da situação atual, estariam dispostos a avançar para um novo projeto e para uma nova direção? Não defendo, nem culpo, a direção. Sei apenas que “pegou” na instituição em função da desistência “por motivos pessoais” do presidente eleito, ainda por cima no meio de uma época desportiva desastrosa. Só por isso, merece respeito e consideração. Se são amadores ou não, se tomam decisões erradas ou certas, não fazem nada de mais que outros não o tivessem feito já incluindo os tais que, por idiotice, são apelidados de “grandes”. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu recentemente com o Sporting! Assim, face à situação financeira e desportiva do clube, e tendo ainda em conta o tal clima de uma indesmentível “guerra civil” associado a um cada vez maior desprezo e distanciamento da cidade, pergunto: quem de entre vós avançaria para um novo projeto diretivo? Eu não! – quanto aos jogadores, especula-se que haverá dificuldades em relação ao pagamento de salários. Embora isso não seja motivo justificativo para a sua atuação miserável e vergonhosa pois todo o profissional deve honrar os seus compromissos, pergunto: quantos de vós se sentiriam motivados no seio de uma instituição que vos não paga (ou tarda a pagar), que não tem “voz de comando” e, ainda por cima, tem níveis de exigência altíssimos aliados a um exagerado e permanente sentido crítico sempre, e só, no sentido destrutivo? Vocês sentir-se-iam motivados? Eu não! – no que respeita à cidade, e especialmente ao alheamento da juventude, estudante ou não, haverá ou não razões para este afastamento? Respondo com o meu próprio exemplo: eu tornei-me adepto da Académica desde pequenino e por influência de meu Pai. E, porque é que meu Pai me influenciou? Porque, naqueles recuados tempos, a Briosa era uma equipa diferente, sim senhor, porque era o clube dos estudantes, mas também porque era uma instituição de gabarito, respeitada e admirada não só pelo que representava, mas também pelos resultados desportivos. Pergunto: qual é o pai que, hoje em dia e na atual conjuntura, influencia um filho seu a ser adepto de uma instituição descaracterizada e que, ainda por cima, obtém resultados desportivos que envergonham qualquer um? Vocês influenciariam? Eu não! Posto isto, qual o futuro da nossa Briosa? Nem sei que diga! Lembro-me que, no final da época passada em que, recorde-se, poderíamos ter atingido o “céu” e acabámos no “inferno” graças às derrotas nas Caldas e, em casa, com o Cova da Piedade e Guimarães B (!!!!!!), exprimi a minha desilusão referindo que, por pura aselhice, mais valeria acabar dignamente com a seção de futebol do que caminhar a passos lentos, mas largos para o descalabro e para a humilhação. Hoje, com uma convicção tão grande como a tristeza que me vai na alma, reafirmo o que na altura disse. Com efeito, como académico que sou há mais de 50 anos, preferiria que se extinguisse o OAF e, pelo menos, nos deixassem viver (ou sobreviver?) com a doce recordação de um passado glorioso e respeitado por todos….
Eu sou um incondicional da Academica! Já tenho uns aninhos de vida e uns aninhos de sócio! Domingo a Domingo sofro com a equipa! O meu domingo é muito melhor quando a Académica ganha! Confesso que não me lembro de um vexame tão grande! Perder 7 a 2 com o Amoreira é do outro mundo! É o nosso Tancos…
Como é possível despedir um treinador sem ter substituto habilitado? Alguém preparou os jogadores para o tipo de jogo praticado pelo Estoril? Se é para estas vergonhas dissolvam este Organismo Amador de Futebol e aprendam com as secções desportivas da AAC.
Não tem nada a ver com rivalidades entre AAC-SF e OAF. Só que se o OAF não tem competência para participar em ligas profissionais é melhor abandonar o palco e deixar de manchar o nome da Briosa.
Mike Mouradiz
Vergonhoso, vegonhoso… que humilhação Que grandes jogadores os nossos defesas, aliás é um insulto para os futebolistas chamar a essas andorinhas jogadores. Batemos no fundo!!! Não sei mas assim vamos acabar como o beira mar e o leiria. Vergonhoso vergonhoso , cambada de irresponsáveis e incompetentes. Estou irritadíssimo p.que os p. ….( ela é a que menos culpa).
Hoje estou Roxo de tristeza. Hoje estou Roxo de vergonha. Pelo resultado, pela exibição. Por aquilo que vi, por aquilo que não vi. Hoje continuo orgulhoso por ser da Académica. Amanhã continuarei feliz por ser da melhor causa do Mundo, em tudo o que significa e que a distingue e que vai muito além de um clube de futebol. Amanhã, e nos outros dias todos, continuarei a agradecer ao meu pai e avô por me terem ensinado a beleza de um losango e o brilho do preto de uma camisola.
Hoje espero que quem de direito assuma responsabilidades e dê a cara. Ainda que se possam reconhecer mérito em muito do que se fez, nos últimos dois anos, hoje é do dia de assumir. Não somos melhores do que todos os outros. Fomos piores do que alguma vez vi. Se não o fizerem, ficarei Roxo de raiva. A liderança vê-se nestes momentos. Hoje espero que a emoção do Marinho na flash-interview tenha eco num conjunto de homens que nos defendem e que representam aquilo que amamos. Porque é de amor que se trata. E há ali gente que não merece ter a honra de vestir a camisola e que falhou a mostrar o seu orgulho e a sua dignidade, na manhã de hoje.
Hoje, e amanhã, criticarei os abutres que vêm aqui falar do JES e afins. Hoje, e amanhã, apesar de estar Roxo, terei memória.
Não é nada de “amor” que se trata. Isto não é nenhum romance. Do que se trata é de se ter bons jogadores e bons gestores, e para isso é preciso dinheiro. Ponto final, parágrafo. Se nem os adeptos percebem isto, a Académica está lixada. Façam um museu com as velhas glórias dos senhores doutores, e encerrem o estádio, ou destinem-no para coisas mais úteis.
Caro Pedro, ter amor pela Académica, parece-me a mim, não é impeditivo de querer que ela ganhe. Eu tenho amor pela Académica. Quero que ela ganhe, sempre. E continuo a ter amor pela Académica, depois desta manhã, sem precisar de o medir com ninguém. Sou da Académica até no Distrital. E, expondo-me às críticas, prefiro ser de uma Académica com valores, significado e singularidade, nas divisões de baixo, do que de um clube de futebol qualquer na Primeira Liga. Almejo, defendo com unhas e dentes, a possibilidade de conjugarmos tudo, sendo uma flor no meio de um pântano. É essa a missão da Académica. É essa a missão que, nesta época, a Direcção não está a conseguir concretizar.
Quanto aos senhores doutores, não sei do que fala. Se quiser discutir aquilo que deveria ser a Académica, e como já escrevi por aqui várias vezes, digo-lhe que está na nossa singularidade, assumida e bem gerida, o nosso potencial de sucesso. No dia em que almejarmos sermos iguais aos outros traçaremos a linha do nosso fim. No dia em que renegarmos aquilo que, pelo menos na minha interpretação, o Pedro descreve como digno de um museu, estamos mais próximos do fim.
A Académica está lixada enquanto não definir o que quer ser. Está lixada enquanto não tiver estratégia. Enquanto se fizer uma gestão futeboleira, de uma qualquer SAD com capitais do Botswana. Enquanto tivermos vergonha do que somos. Enquanto não percebermos como é que se angaria dinheiro, patrocinadores e qualidade para a formação.
Caro Pedro, provavelmente, muito mais é que nos aproxima, do que o que nos separa. Agora a minha relação com a Académica é amor. Incondicional. À prova de grandes, de vitórias ou falta delas. Dos anos em que aprendi a Académica na travessia da Segunda Divisão. E é esse amor que me faz querer que a Académica ganhe sempre. Dentro e fora do campo. No desporto, como na vida. Na formação de jogadores e de homens. Se a Académica deve ser gerida como se um namoro se tratasse? Claro que não. Não o disse.
...o verdadeirodiz
O post do século. Muito bem FF !!
Se o Bilbao joga competições europeias só com bascos é muito mais fácil faze-lo com jogadores formados dentro dos nossos valores … Mas é preciso querer. As derrotas “à Patrão” têm de acabar …
Pedrodiz
FF, vai-me desculpar que use a ironia, mas se não percebe do que se trata, quando eu falo do clube dos senhores doutores, é porque, sendo da Académica, não percebe qual a origem e mística do se clube.. 😉 Olhe, eu sou do velho União, sempre fui, desde que nasci, já toda a minha gente do bairro da Arregaça o era. Eu, quando fico triste pela Académica, não é exatamente por causa do amor clubistico, bem vê. É mais porque queria um clube que engrandecesse a cidade no país. E agora pergunte-se porque é que mesmo com entradas à borla, a Académica não consegue encher um estádio com capacidade para 30 mil (e conte com os adeptos da equipa adversária presentes). O clube não tem a mesma ligação com o povo que tem o SC Braga com o seu povo, isto para não falar de várias outras cidades pelo país fora. Enfim, façam o que quiserem, incluindo desprezar os investidores de fora. Olhe, já estou por tudo, e até iria achar engraçado que um dia destes se retomasse o velho derbi da cidade União-Académica, que eu várias vezes vi no velho estádio do Calhabé. Só que agora noutra divisão um bocado mais abaixo, não é? Pois.
Pedrodiz
O “o verdadeiro” não está bem a ver a diferença entre as dimensões e população entre o País Basco e Navarra, por um lado, e a cidade de Coimbra, pois não…? E é mais fácil para a Académica? Pronto, está bem. O amor é cego😉 (de qualquer forma, o Athletic já é há muitos anos um clube espanhol de segunda linha)
FFdiz
Caro Pedro, sem ironia, que até aprecio, acho que o Pedro é que não entende nada da Académica e da sua “mística”, usando a sua expressão. Não é para todos, digo da forma mais directa que consigo. Nem lhe peço, por exemplo, que esclareça se o seu único clube é o União. Não lho exijo, ainda que desconfie que há muitos cujos amores são muitos e variados. Quanto ao União, não lhe desejo coisas menos boas. Desejo que reapareça, acho que ainda não voltou a existir, e que faça sentido na cidade. Não lhe desejo mal e acho foleiro fazê-lo. Mas, refira-se, para haver um dérbi será necessário duas equipas em campo. A Académica não irá descer como, no fundo, deseja. E, no futuro, terá vinte mil pessoas como, há uns meses, no estádio. Ou, num passado recente, vinte e cinco mil pessoas, sem ninguém da outra equipa, como insidiosamente sugere. Ou, há seis anos, um Jamor a brilhar de negro. Quanto às bojardas e piadolas sobre a forma como usei a expressão “amor”, ficam para quem as escreve e para o estilo que cada qual defende na expressão de ideias. Eu tenho amor à Académica, como muitos que por aqui passam. Uma coisa inexplicável que me liga à Académica. Se é cego? Não. Nunca. Acho o exemplo do Athletic, que o verdadeiro refere, um bom caso de estudo. Com uma base de recrutamento diferente? Num primeiro olhar, claro. Se alargarmos o olhar, veremos que, talvez, a Académica tenha uma dimensão lusófona, ligeiramente superior ao União ou, pasme-se, ao Braga ou Guimarães. Haja engenho, haja capacidade e haja visão alicerçada na história e nos valores, onde também cabem senhores doutores que orgulharam uma cidade e que marcaram a história de um país e que suplantaram aquilo que significa um simples clube de futebol. Por fim, e sem ironia, desejo que haja união no União. Agora sim, com ironia, ainda existe União?
...o verdadeirodiz
Pois é Pedro, para perceber o que eu disse convém estar por dentro dos assuntos senão corre-se o risco de fazer figura de urso … A Académica tem raízes muito mais profundas que o Bilbao, existe Académica nos 4 cantos do mundo (eu vi, ninguém me contou) e num mundo globalizado é precisamente aí que temos de alargar a base de recrutamento desde tenra idade, com pessoas ligadas aos nossos valores por um lado e ao futebol europeu por outro, de forma a garantir que a nossa base passe de 500 para 50 mil atletas de onde poderemos escolher os melhores dentro dos nossos valores …
Vá, vá lá apoiar o seu União, que é bem a prova do que acontecerá à Académica no dia em que mandar a Universidade à fava e passar a contar só com o apoio da cidade (onde nada sobrevive sem os estudantes) …
kilkusdiz
Comparar o Bilbao é simplesmente ridículo. O Athletic é um clube com um forte sentimento regional… aliás, todos os habitantes de Bilbao são profundos nacionalistas. A ambição deles é tornar a região deles cada vez mais forte e independente. A nível desportivo, o sonho dos miúdos é reprensentar o clube da região e lutar pelos valores inerentes àquela região.
Comparar isto com Coimbra e com a Académica é RIDÍCULO.
Pedrodiz
Caros FF e o verdadeiro. Começo por esclarecer uma coisa, que não ficou entendida. Eu quero que a Académica suba e fique por longos anos na primeira. Não por ser da Académica, mas porque quero que a cidade tenha um bom clube, que lhe dê projecção, que traga gente, que traga os grandes clubes nacionais e europeus. O definhamento do clube é expressão do definhamento geral da cidade e eu não quero isso. Sobre o União, não tenho ilusões nenhuma. É um clube pequeno pelo qual tenho um grande carinho, que faz parte de mim desde a infância, só isso. Quem sempre se assumiu como um clube com projecção nacional e até internacional foi a Académica. O problema, que ainda não entenderam, estranhamente, é que há de facto um divórcio entre a cidade e o clube. Fala o FF em 25 mil pessoas no estádio. Porque foi de borla, não entendeu ainda? A maioria dos que lá estavam, não eram adeptos dispostos a pagar bilhete. Certo? Os sócios que resolvam o que querem para a Académica. Mas têm de resolver primeiro o que é a Académica. É o clube da Universidade? É o clube do povo de Coimbra? Não vale a pena virem com a dimensão lusófona e universal do clube. Façam mas é por cativar o povo, contratar bons jogadores, uma boa gestão e arranjem dinheiro, porque sem isso nada se faz. Mas essa comparação com o Bilbao… tenham paciência…
...o verdadeirodiz
Ridículo é não se perceber as semelhanças oh Kilkus. Eles lutam por uma causa e por valores tal como nós o devíamos (e temos meios para) fazer !! A sua frase é que roça, não só o ridículo, como mostra que não faz puto de ideia do que é a Académica. Mas a culpa não é sua, a culpa é de quem insiste em andar amadoramente a brincar aos clubes profissionais de futebol destruindo o que levou décadas a erguer !!!
...o verdadeirodiz
Oh Pedro, tu não entendes que a Académica não é um clube ?? Se a equipa profissional de futebol for extinta continuará a existir Académica nos 4 cantos do mundo e não há nenhum clube de futebol que se possa gabar do mesmo. Aquilo que vocês entendem por “clube” é apenas uma pequenina parte do que é a Associação Académica de Coimbra e a sua Causa de Valores.
A Académica é uma instituição fundada para a promoção da cultura e do desporto no seio da comunidade estudantil, sendo que o organismo autónomo de futebol não é, em si próprio a Académica, e só tem razão de existir se for capaz de personificar os valores da Causa Académica. Se não for só tem um caminho, o da extinção.
Eu estou-me positivamente a marimbar para a cidade que sempre demonstrou desprezo pela Causa Académica e um apoio provinciano e parolo aos 3 corruptos do futebol português. Não é a cidade que eu quero ao lado da Académica, é a Academia. E para ter a Academia do meu lado (e entendo por Academia não apenas os estudantes de Coimbra mas todos aqueles, estudantes ou não, que se revêm nos nossos valores e na forma de estar de um Académico) eu primeiro tenho que personificá-la em campo e fora dele, da mesma forma que os Bascos o fazem com o Bilbao com o sucesso que se conhece. Têm uma causa (nacionalista) e lutam por ela dentro dos seus valores (só jogam jogadores que se identificam com a Causa e com os valores BASCOS).
kilkusdiz
Quem destruiu o que levou a décadas a erguer não foi a própria Academia!? Não foi a Academia que decidiu extinguir a SF? Não foi aí que começou o declínio dos valores académicos (no que diz respeito à prática desportiva)?
Que valores é que existem actualmente da Academia que me garanta que esse é exemplo a seguir? Os valores que desrespeitam os seus em favor de outros (só para lembrar o caso mais recente da latada)? Eu já nem vou à política desportiva existente na actual DG e na reitoria… basta perguntar a quem está a dirigir a SF ou outras secções desportivas.
E há mais… onde vê, nos estudantes, esse partilhar de valores e forma de estar, que poderiam reerguer a Académica?
Pedrodiz
“Eu estou-me positivamente a marimbar para a cidade”
Ó amigo, estou completamente esclarecido. Não é preciso dizer mais nada. Só mais uma coisa: isso que diz apenas revela que não entende nada sequer do que é o Athletic Bilbao e a sua ligação à comunidade onde está inserida. Quanto ao resto, fiquem lá com a Académica e boa sorte. Mas ainda tenho esperança que essa não seja a opinião generalizada dos sócios da Académica.
Tiago Freitasdiz
Caro Pedro Li-o, percebi-o e gostei do que disse e concordo em parte com o que disse. É verdade que há uma grande indefinição na Académica assim como um divórcio não explicado entre a cidade e o clube que apenas as borlas e a falta de sucessos não servem para justificar. Sobre a academia que o …verdadeiro fala, até podia fazer sentido se os estudantes que chegam a Coimbra não viessem já formatados pelos media e adeptos de um dos 3 corruptos, podia até se fomentar o amor clubístico mas era necessário que houvesse uma forte identidade para com o clube e, se calhar já há mais de 15 anos que não há (talvez desde que o Dr. João Moreno nos deixou). A Académica tem que começar precisamente por cativar a cidade, isto para que Coimbra não seja no médio (ou talvez curto) prazo como a cidade de Évora, Beja ou Vila Real onde os clubes locais estão totalmente esquecidos. Tal como referi acima, desde o Dr. João Moreno que a Académica não tem um líder capaz. Alguém que transmita confiança e identidade ao clube e dessa forma atraia não só investimentos como também pessoas e consequentemente resultados.
Pedrodiz
Caro Tiago, se quiser eu, que estou de fora, explico-lhe o divórcio entre a Académica e a cidade, que já vem de muito antes do dr. João Moreno. Não é difícil. Afinal, parece-me que existiu desde sempre, se vir bem. Mas acabou o tempo, espero, em que a cidade se confundia com a Universidade. E acabou o tempo em que a Académica se podia destacar com jogadores estudantes, porque a partir do meio da tabela para baixo eram equipas humildes de jogadores operários que jogavam e treinavam em pelados com buracos. Nenhuma equipa da Académica desse tempo podia competir agora com os últimos da atual primeira liga. A Académica tem, digamos, um problema existencial: não sabe se há-de ser um clube social, se um clube desportivo. Não sabe o que é. Tem tiques aristocráticos, muito coimbrinhas. Humildade precisa-se. E dinheiro.
Tiago Freitasdiz
caro Pedro. Até pode em parte ter razão pois nunca houve uma relação umbilical entre a Académica e a cidade de Coimbra, como se passa com o Braga e o Paços de Ferreira por exemplo. Em Coimbra sempre preferiram ou aplaudir os “outros/forasteiros” ou os que eram pelo União (com toda a legitimidade disso) havendo também e mais recentemente, os que são anti-OAF por serem pro-SF como se as duas fossem incompatíveis. Sobre o problema existencial que fala, eu acredito que a Académica pode (e deve) ser um clube social e igualmente um clube desportivo (entenda-se SAD) pois tem capacidade para ser um clube de massas e não o clube restrito que alguns sócios tentam que seja. Ao contrário de alguns académicos, eu prefiro ter a Académica na primeira divisão a lutar pelos lugares cimeiros e com um investidor oriundo de uma qualquer potencia comunista do que a perder com o Pedras Salgadas e a levar 7 do Estoril numa trajectória decadente que arrepia só de pensar onde termina. Mas, isso sou eu.
Pedrodiz
Eu também prefiro assim, Tiago. Não por ser da Académica, mas porque quero a minha cidade mais animada e com mais projecção. Mas a sua posição vai ter muitas resistências. A aristocracia não gosta de falar de dinheiro e muito menos de dinheiro vindo de países bárbaros. Córror, uma SAD. Mas não diga mal dos três grandes. Com corrupção ou sem ela (qual o clube que está isento?), têm um apoio popular genuíno que a Académica apenas um dia poderá vir a ter, se fizerem as coisas certas. Pronto, boa sorte é o que eu desejo.
FFdiz
Pedro, faltava a piéce de resistance da sua argumentação. Os coimbrinhas. Demorou mas lá saiu. Imagino o meu avô, serralheiro mecânico na Fábrica da Cerveja, que me ajudou a ser da Académica, a ouvir isso e a rir. Continuo a achar que não percebe nada da Académica. E que enferma de argumentos simplistas e redutores. Vamos lá, então. Quanto à base de apoio, e falando de adeptos pagantes, a Académica, quando regressou à Primeira Liga, no início do século, tinha assistências decentes, com médias relevantes. Mesmo, de forma mais recente, e no seio de um futebol português alicerçado em três eucaliptos, nunca envergonhou nos rankings. Há que ser coerente, caro Pedro. Se acha que a Académica não tem potencial, até devia reconhecer esse facto. Se, no fundo, ainda que lhe custe, reconheça tudo o que a Académica é, e pode ser, esses números recentes sabem a pouco. Esse divórcio, aquele que me preocupa mais, surge na sequência do reinado do JES, em que a Académica se alienou do mundo e de todas as forças vivas da cidade, no que às assistências diz respeito. O Pedro que, provavelmente, será de um clube de Lisboa ou do Porto não vai ao estádio. Entre 1989 e 2005, altura em que saio de Coimbra para longe, falhei um ou dois jogos em casa. Estava na final da Taça. Podemos falar de assistências, da sua evolução, mas com seriedade. Se entendo? Claro. Até entendo onde quer chegar com tudo isto. A Académica tem um problema de definição estratégica que, diria, é diferente de um problema existencial. A Académica não renega o que é. Titubeia naquilo que quer ser e esse é o pecado da sua actual existência e do seu futuro. A Académica no dia em que quiser ser um simples clube de futebol, como aquilo que o União não é, cerceia o seu crescimento e adere à mediania. Isto não é ser aristocrático. É ser estratégico e perceber a única forma de sublimar o meio circundante, numa cidade que se perde nos seus dilemas e que vota com os pés, há tempo demais. Que se verga ao poder político, renegando a sua história e a sua matriz. Quanto às equipas do passado, compará-las com o futebol actual é um argumento pobre, seja qual for a equipa que escolha. Ficariam lá para baixo todas, perto do lugar em que ficou o União quando esteve na primeira divisão. A Académica enferma de um problema de liderança gritante. De falta de estratégia, de visão. E, no fundo, a Académica é indissociável da formação de homens, da Academia (que inclui a UCoimbra, que deve orgulhar, até na sua imperfeição, qualquer conimbricense, salvo os ressabiados), da sua matriz. E esse não é um dilema anacrónico. É a capitalização do seu potencial, na atractividade de atletas, na promoção da formação, na selecção de talentos, na exponenciação universal do clube. Somos únicos. Ter vergonha disso, ou inveja, é um disparate. No futebol português, miserável e sem equilíbrio, é difícil captar adeptos e, acima de tudo sócios (cá em casa somos três, sem poder quase nenhum jogo por ano). Quem estuda em Coimbra, diz bem o Tiago, vem pervertido pela ditadura dos eucaliptos. Aumenta o desafio, não justifica a desistência. Está ali uma potencial base de apoio relevante, que mais nenhum clube tem. Entender isso como um anacronismo, repito, é um erro estratégico. Entender isso como algo incompatível com uma visão estratégica, até de negócio, é não perceber o que deve o nosso core business, como se diz agora. Um clube competente, moderno, alicerçado na sua história, que explora potencialidades, singularidades, numa terceira via entre a década de 60 (íamos sendo campeões, sabia, Pedro? Fomos longe numa eliminatória da Europa, sabia?) e o mundo das SADs com capitais da Tanzânia (ganhámos uma Taça, sabia?). Essa terceira via é que nos pode trazer dinheiro, numa Causa em que, pela sua matriz, cabem todos. Sempre couberam. Aqueles que aqui passam não aprenderam a Académica só com quem foi estudante. Aprenderam por si ou por outras pessoas que eram, muitas delas, trabalhadores honestos e esforçados numa cidade diferente do que é hoje. Por fim, além dos estarolas, é a equipa com mas potencial de angariar apoio em qualquer sítio de Portugal e do mundo lusófono, mesmo sem sucesso desportivo. Aliás, não foi o sucesso desportivo que trouxe mais gente à Académica. Foi não nos perdermos de nós. Quando nos encontrarmos, no meio do pântano do futebol português, seremos uma força extraordinária. Por fim, deixo a ideia da forma como os paradigmas da formação e da selecção de talento com base numa análise de perfil além do valor futebolístico, encorajam uma visão menos futeboleira do futebol profissional. Pena que não se perceba isso e que aquilo que é o futuro, e a possível sustentabilidade financeira do clube para outros voos, seja vista como um anacronismo ou, no seu caso, como um arma de arremesso fácil e vazia. Ah, quanto ao Bilbao, a literalidade na leitura tem destas coisas. Eu percebo, e concordo com o verdadeiro. O nosso modelo passa por aquilo que o Bilbao faz, na essência, na linha identitária, num modelo estratégico. Não me parece que ele, nem eu, não perceba as diferenças, mormente na base de recrutamento. Dizer que é estúpido é demasiado fácil. O nosso crescimento passa pela identidade, não pela cópia de clubes que têm tudo sucesso desportivo. Eu, e falo só mim, não quero ser um Guimarães ou um Rio Ave, se isso implicar querer ser uma cópia do modelo de clubes do género. A minha Académica não é isso. Diz o Pedro que espera que muitos não pensem como eu? Vale o que vale o seu desejo.
...o verdadeirodiz
Se, de facto, não existirem hoje dentro da Académica os valores que a nortearam durante décadas é o reflexo do que a Associação Académica devia combater e, pode ter a certeza, num país completamente dizimado pela corrupção sermos o último reduto de moralidade iria vender …
Se, não só, a OAF precisa de uma limpeza então que se limpe a casa toda. No caso do OAF, se não se fazer esse caminho, é traçar o destino final … Lamento que não percebam isso mas o fim está já ali ao virar da esquina … Seguiram-se uns Uniões de Coimbra e uns Desportivos sa Solum que competirão nos mesmos escalões que os Leirias e Beira-Mares desta vida, porque nunca teremos dimensão para mais …
Antes de explanar algumas ideias, deixo o meu orgulho por poder participar neste espaço em que se conseguem discutir ideias de forma elevada e séria. Como escrevi, algures ali por baixo, o que nos une é mais relevante do que aquilo em que divergimos e será, sem dúvida, desta discussão, ou de discussões necessárias deste tipo, que a Académica crescerá e se reencontrará. Estamos perdidos em nós. E, no fundo, teremos todos uma ponta de razão e será na equidistância das visões que estará o futuro sólido, sustentável e bem-sucedido da Académica.
Não vejo, como refere o Briosa Paixão, uma guerra civil. Ou, se a há, não estou como parte beligerante, apenas como parte interessada e activa que prefere reforçar aquilo que acredita para não nos esqueçamos que a memória alicerça o futuro. E que, aquilo que pode ser visto como anacrónico, pode ser um activo e um património. E, no fundo, alguém que relembra, ao escrever, porque é que é da Académica e o gosto que tem em ver mais pessoas a entendê-la. Mais pessoas a serem “anormais” (hoje ouvi “mas não podes ser normal e ser dos três grandes”. Não, não consigo. Nenhum de nós, consegue).
Eu também quero uma gestão profissional adaptada a um modelo que não podemos contrariar. Nunca disse o contrário. Uma gestão que explore activos que temos e que, autofagicamente, renegamos como tal. Reitero que a minha visão não é anacrónica. É de futuro e alicerça-se numa estratégia. Por exemplo, na formação, onde podemos obter proveitos significativos na rentabilização e atractividade de activos, portugueses ou de fora de Portugal. Por exemplo, no futsal ou nos sub-23 onde podemos concretizar a nossa matriz. Por exemplo, na definição da selecção de talento baseada em factores que não só o desportivo. Tivemos recentemente provas que não será o sucesso desportivo a alavancar o nosso potencial, ainda que o mesmo ajude, no reforço da ligação popular à equipa.
Por outro lado, enfrentamos o dilema de quase todos os clubes, com especial incidência numa cidade que definha. Estou fora de Coimbra há treze anos e essa realidade nunca foi tão evidente. Mesmo o Braga, há uns quinze anos, tinha uma base de apoio diminuta. Teve-o a reboque de uma estratégia local e de sucesso desportivo que soube alcançar. A nossa tarefa é semelhante aos outros clubes. Encontrar a fórmula que traga gente. Não a temos encontrado, de forma a termos gente como merecemos, ainda que tenhamos gente que poderá estar, que já esteve e que faz falta.
Eu quero uma Académica forte, como qualquer um de nós. Não consigo é achar que lá chegaremos a repetir aquilo que outros clubes fizeram. Não o conseguiremos nunca na cidade em que estamos, na conjuntura do futebol português e a transformar em pontos fracos os nossos activos. Ou entender como anacrónico aquilo que, no fundo, pode ser moderno, inovador e potenciador do nosso sucesso. Haja liderança capaz. Haja visão.
Não maço mais. Deixo uma saudação a todos. E a certeza que, no meio do turbilhão, nos podemos encontrar e que é possível subir, ainda. E, com isso, iniciar, mais uma vez, a alavancagem da Académica. Que seja a última vez que tal acontece. Que encontremos a nossa sustentabilidade e a nossa identidade, na equidistância das ideias e dos modelos. Sem fórmulas fáceis. O nosso sucesso passará pela negação das fórmulas fáceis e dos lugares comuns.
Já agora, e confirmando-se o João Alves como timoneiro, temos o melhor treinador do mundo. Que o deixem trabalhar. Que lhe dêem liberdade para escolher equipas. Eu acredito que vamos subir e que temos plantel para isso.
Por fim, deixo o meu grito A-CA-DÉ-MI-CA!
Dos que foram falados na imprensa desta manhã, prefiro o da casa!
Basta olhar os comentários, para se perceber que estamos em guerra civil. O zénite deste confronto, teve o seu auge quando um pequeno grupo dos arredores de Lisboa, veio a Coimbra fazer uma peladinha onde levámos 7. Uma humilhação ! Diz o ditado popular que casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão. Razão terá, em meu entender, quem percebe que a industria do futebol fez dos emblemas empresas e que têm que ser geridas como tal. Nós, os da Académica, dizemos que somos diferentes e que somos uma CAUSA. E SOMOS !!! Mas, para lá da Causa, quando o nosso grupo negro entra no relvado, tem que levar no seu rasto a capa e batina, a guitarra de Coimbra e a voz de Hilário. MAS, no contexto atual, temos também que ser Académica – Empresa, a lutar com armas iguais com o adversário. Sonhadores como os poetas. Mas frios e objetivos como um cálculo matemático. Só assim sobreviveremos nesta selva mal frequentada que é o futebol profissional. Podem cruxificar-me e até ofender-me, mas nesta vulcão, se calhar o que precisamos mesmo à frente da Briosa, é de um de empresário que bem faça e arranje suporte financeiro para termos uma equipa competitiva, em lugar de um qualquer doutor em punhos de renda, sem perceber nada do mundo do desporto profissional.
Estamos à deriva. Sem Direção, sem treinador, sem jogadores motivados e sem rumo. O futuro é uma grande incógnita. Apenas um glorioso passado é uma realidade e nosso espólio.
No desnorte que por aqui vai e até de frases infelizes , a que propósito falar da União de Coimbra que já nem existe ? Porquê levantar fantasmas sobre um pequeno clube de raiz popular da cidade, que nunca teve a capacidade, nem nunca teria, de se comparar com a dimensão à escala planetária da Académica com simpatizantes por todo o mundo. Contudo, respeitar o pequeno clube coimbrão que foi…
Tal como vós, vou acompanhando este espaço e dar MÉRITO a todos quantos, apaixonadamente, querem dar o sua opinião e contributo. Agradeço a todos. Eu, a comentar e já com uma idade simpática, jamais terei estofo para ter o brilho de muitos amigos sobre a nossa realidade atual.
UMA CAUSA NÃO MORRE. Mas o doente pode falecer se não lhe acudirem a tempo. E é isso que todos queremos. SALVAR A NOSSA ACADÉMICA !!!
Briosa Sempre
Concordo. Abraço.
Apoiado!
A diferença que fala, faz com que cada ano que passa a nossa Briosa se afunde. Respeitar o passado sim, mas temos que nos adaptar e andar para a frente. Tenho que respeitar a sua opinião, mas não é com Hilarismos que vamos melhorar a situação.
A diferença que se fala não é o passado, é a nossa ÚNICA vantagem concorrencial que temos para colocar o produto num mercado global e garantir a nossa competitividade e sobrevivência. Mas entender isto pode ser, de facto, muita areia para certas camionetas 😀
Paula, para defender a Académica todos somos poucos. Fique por aqui que fazemos todos falta, na celebração daquilo que nos une. É mais o que une o que aquilo que nos separa, nas visões divergentes/complementares sobre a Académica. Aceite um abraço
Excelente comentário.
Vocês realmente são únicos, inteligentes, tudo bem. Não vão voltar a chamar-me burra, pq não farei mais nenhum comentário neste site, que é só de inteligentes retrógrados . Vou somente vendo e lendo os futuros comentários dos machos inteligentes.
Cara Paula Fontes
Único e inteligente é aquele que consegue ser pleno na sua humildade e na sua simplicidade.
Macho é qualquer um que se faça comum sendo importante entender a importância do feminino que traduz mãe ,que traduz natureza, que traduz terra e que traduz vida…simplesmente e abundantemente.
A Académica é feminina e talvez ainda consiga ser diferente.
Eu acho sublime o comentário do meu amigo Briosa Paixão como encontro preciosa cada palavra sua.
Claro que o FF-Filipe Fernandes assinala um conjunto de brilhantes comentários que vão ao encontro do que me fez um dia ainda moço ser da Académica e nessa linha…o verdadeiro vai procurando acentuar aquilo que nos pode diferenciar.
Mas sabe?
Se eu nascesse à data de hoje mesmo cumprindo-se o nono dia de Outubro talvez não encontrasse motivo para ser da Académica a que vamos assistindo.
Dei-me conta enquanto lia que estava a aprender com o Pedro, com o Kilkus e com o Tiago Freitas.
Não importa ter razão minha amiga porque cada um tem a sua.
Importa sim partilhar, e de preferência com afecto e dádiva.
Importa sim e decisivamente procurar- Salvar a nossa Académica!
Encontrar um qualquer futuro que nos confira sentido enquanto o presente não nos sufoca de vez.
Pode contar comigo porque eu vou contar consigo.
Todos somos poucos…sobretudo no momento que passamos.
Deste seu leitor aceite uma saudação ou um simples beijinho conforme lhe aprouver ou entender como adequado.
Briosa para sempre
Briosa Paixão, deixe-me só dizer uma coisa. É óbvio que o União não conta muito. Eu queria apenas tentar explicar um pouco a raiz do divórcio entre a Académica e a cidade. Podemos todos concordar que esse divórcio existe, certo? Aliás, sempre existiu verdadeiramente. A Académica tem de adoptar outra estratégia, um outro discurso, não sei qual. Não podem esperar que sejam os miúdos que aqui chegam com 18 anos que abracem a vossa bandeira. A maior parte deles até já vem com clube. Mantenham os valores, a mística, o que quiserem, mas invistam na equipa. Os adeptos fazem-se de meninos e não há maior incentivo para se ser adepto do que as vitórias. Adaptem-se.
Caro Pedro
Respeitar o passado e adaptando-nos às realidades competitivas de hoje. Estou em pleno acordo consigo. A vertente empresarial, parece-me a única saída. A marca “Académica”, globalmente bem aceite na sociedade, poderia ser potenciada comercialmente, assim houvesse astúcia para a rentabilizar por gente profissional. Seria um caminho a percorrer, com retorno à primeira liga. Com uma equipa competitiva a disputar a primeira parte da tabela classificativa, acredito que o Estádio teria mais audiência, mesmo daqueles que, vivendo ou estudando em Coimbra, sempre gostariam de por curiosidade ver evoluir as melhores equipas nacionais e permitir à Académica encaixe financeiro complementado pelas receitas televisivas. Mas é um caminho longo, que não se compadece com amadorismos e também como diz e bem, com o perder de protagonismo da cidade. E, infelizmente, não se passa só no plano desportivo. Coimbra perdeu o seu tecido empresarial e é quase e apenas uma cidade de serviços. Vive de uma universidade que ainda é referência e de um hospital competente a rebentar pelas costuras. E a Académica de hoje, é um pouco o espelho da nossa cidade. Mas é preciso fazer alguma coisa. O passado brilhante da Académica, que chegou a jogar em palcos europeus, assim o merece e exige.
Um abraço
Pedro, terminando o diálogo de forma simples e directa. Nós adaptámo-nos. O mandato do JES foi uma adaptação ao futebol moderno. Deu no que deu, mesmo com sucesso desportivo, pelo meio. A cópia de todos os outros deu numa descida miserável à Segunda, com umas três épocas de atraso. Deu-me razão para escrever muito por aqui. E deu-me razão para ser uma voz activa para lembrar isso. Com uma liderança mais competente, ainda que não se possam assacar só coisas negativas ao JES, teria sido diferente? Poderei ser o único a achá-lo, mas duvido.
Excelente troca de comentários entre os académicos:
FF
…o verdadeiro
Pedro
Kilkus
e Tiago Freitas
…algures entre um ideal de Académica e uma Académica possível.
Merecedores de um post com a reprodução dos respectivos comentários.
O meu agradecimento aos cinco.
…
Mais duas observações.
O caro Pedro é da Académica. Quer é encontrá-la dado que não lhe está a ser oferecida.
O caro Tiago Freitas talvez venha a mudar de opinião quanto a Carlos Pinto. O tempo dirá.
Briosa para sempre
Agradeço a referência mas os posts do FF estão uns níveis acima do que escrevi. Absolutamente brilhantes …
Obrigado pelas palavras. Faz-se o que se pode com o pouco que se tem, na certeza que aquilo que se escreve, por aqui, pretende ser um humilde contributo, às vezes demasiado espontâneo, para que possamos pensar a Académica. Se não o fizermos, definhamos.
Mas que grande discurso, FF. Então, entendeu onde quero chegar? Ainda bem. Não, o problema das assistências da Académica não é esse emaranhado de argumentos, incluindo qualquer coisa relacionada com “estratégias”, tem mais a ver com a ligação à cidade. Olhe, sincero foi o outro ali em cima que disse que se está a lixar para a cidade, assumindo o que é do conhecimento comum, aqui e em todo o lado: A identidade da Académica é dos estudantes. É ou não é isso que a torna especial? São ou não são as capas negras um dos maiores simbolos do clube. O exemplo do seu avô é digno, mas sabemos ambos muito bem que o meio operário de Coimbra não era o meio tradicional da Académica. Sabemos ambos, FF. Se não era o União, mais depressa era do Benfica do que da Académica. Ou quer que ponha os velhotes a falar? Os da cerâmica, os dos texteis os das bolachas, a malta da baixa, da pedrulha, da conchada, etc? Eles é que iriam rir muito. Ainda me lembro das cenas de porrada entre a estudantada e a malta da arraia miúda do Ónião. Tinha a sua graça. Olhe, farta-se de falar de identidade, e a Académica isto e aquilo. Quer identidade com verdadeira raiz popular? Quer outro exemplo para além daqueles que falei? Olhe, tem o Leixões. O exemplo do Bilbao continua a espantar-me. É claro que ambos têm uma identidade, Bilbao e Académica, mas são identidades de natureza completamente diferente. Se a Academica tivesse o tipo de identidade do Bilbao, o estádio estava sempre cheio, porque ali a identidade tem a ver com a terra e a população. Olhe, eu quero é que a Academica suba, estou farto de dizer. Quero ver aqui os clubes grandes e ver bom futebol e a cidade cheia de gente. Resolvam lá isso.
Está a ver como concorda comigo ? Se a Académica não tivesse perdido a identidade tinha o estádio sempre cheio … Portanto aquilo que faz sentido do ponto de vista DO NEGÓCIO é mantermos a identidade. Gerir a Académica de forma PROFISSIONAL é potenciar a marca, é viver nos tempos DE HOJE e GLOBALIZÁ-LA …
Aceite um abraço.
Verdadeiro, a Académica perdeu a identidade? Não perdeu nada. Eu ouço o mesmo discurso dos valores académicos há 50 anos. O problema é que muitos ainda não entenderam que o mundo mudou em volta. Não ligue, isto são picardias de um futrica. 😉 Eu quero mesmo que a Académica tenha uma grande equipa. Vá, outro abraço de volta.
Caro Pedro, o discurso é o que se arranja. Faz-se o que se pode, na defesa daquilo que se acredita. Daquilo que se ama. Naquilo que o Pedro desqualifica eu vejo um raciocínio coerente e estratégico. Consigo perceber o seu raciocínio, não considero que o Pedro perceba, verdadeiramente, o meu, vendo-o pelo prisma redutor da desqualificação fácil. Desculpe, mas é o meu sentimento. A questão do União, levantada por si, pretende, a meu ver, alicerçar o seu raciocínio num entendimento que renego, aquele que o povo de Coimbra estaria com o União e as elites ou coisa parecida com a Académica. Não concordo, nem nunca irei concordar. Porque não é verdade e, mais uma vez, reduz-se uma realidade complexa. Espero que fique contente com a subida da Académica. Eu que já subi, e desci, ficarei contente com uma Académica sustentável, a todos os níveis. Usando a sua expressão, uma Académica que se resolva. Subir é um passo necessário para que se pense nessa sustentabilidade. Apenas o primeiro. Já agora, e sem ironia, faça-se sócio. Vá ao estádio. Apoie o clube da sua cidade. Gostarei de o ver lá, a si e a todos que fazem parte do povo de Coimbra.
Pelo que se vê nalguns comentários esta Direção está a semear alegrias aos futricas da Arregaça, que agora já só se podem animar com a desgraça da Académica…
… pois, a este ritmo, e com esta direcção, daqui a 2 anos, viveremos de novo o grande dérbi de Coimbra : união-academica
Obrigado Roxo.patrão&Cpa !
hahaha, os “futricas” olha que coisa linda😉. já não ouvia essa há que tempos. olha como são as coisas…
Enfiou a carapuça? Ele há coisas!…
hehe, e o amigo, vai namoriscar com as lavadeiras do Mondego?😉
Se fossem lindas e eu tivesse idade para isso…
Ah, é da idade. Já entendi tudo. Pronto, eferreá, fado hilário e coiso e tal para si.
Normalmente vai-se pela forma mais simples que é a demissão do treinador, nem sempre a mais justa. No nosso caso o treinador não era, desculpem a expressão, grande coisa, mas viu-se ontem, que ele não era o principal problema, já o disse aqui. Todos teem a sua cota de responsabilidade. O que me magoou mais vou ver uma equipa que mesmo a perder, não “comeu a relva”, como se costuma dizer. Irritou-me a displicência dos jogadores, parecia que estavam a perder por poucos ou mesmo a ganhar. O Estoril apesar de estar a ganhar por uma boa margem, não deixou de jogar. Notou-se uma equipa com fio de jogo, jogo simples, chega á equipa adversária com fluidez e simplicidade. Não mereciam os milhares que estiveram o degradante espetáculo que assistiram. Eu que nunca saio a meio do jogo, ontem quando foi o 6º golo vim embora. Fiquei para a 2ª parte pq pensei que fossem reagir dar tudo, mas o que vi foi uma ténue resposta sem qualquer rumo. O treinador que vier, e se vier, vai ter que mudar muita coisa, para além da tática de jogo, tem que dar 2 berros aqueles que se dizem profissionais, e que ontem demonstraram o contrário. Certamente que a equipa de juniores mostraria mais garra e jogo em campo. Este resultado para além de não se usar, mostra que a equipa bateu no fundo. Uns jogadores que foram ganhar mais, e tem toda a legitimidade para o fazer, foram substituídos mal. A outros que cá estavam eram promessas foram despedidos. Veja-se o caso, só para dar o exemplo de João Gomes e o 2º guarda redes da época passada, que não me lembra agora o nome, com a saída do Ricardo Ribeiro, tinham oportunidade de mostra e jogar com mais regularidade, não foram despedidos, para serem substituídos por um Peçanha que não vale nada, apesar de ontem não ter a culpa total no resultado. Realmente não dar voz aos que vem dos juniores, pois é preciso tempo e espaço para se adaptarem aos seniores, e isso não lhes é dado, ou então escolhem aqueles que tem menos valor, escolhas por compadrio em detrimento de brasileiros que valem menos. Para além disto, temos que ser nós sócios a tentar mudar as coisas, e continuo na minha, temos que optar por uma gestão mais profissional, porque não a SAD, porque sei que há gente que quer ejetar dinheiro na Briosa, só não o faz, pelo tipo de gestão atual. Não venham com a lenga lenga, que a Briosa deixa ser dos sócios, por isso, é que não saímos da cepa torta, e ano após ano, cada vez menos Briosa, e cada dia que passa, se vê uma cidade cada vez mais distante e sem identidade ao clube. Não é com resoluções instantes, de substituição de sucessivos treinadores que vão resolver. Por isso. faça-se pressão, apesar de estarmos no inicio da época, de mudar o rumo deo clube, já é hora, senão, teremos que fechar portas ou ir parar aos distritais, já faltou mais. Quem tanto criticava J. Simões, que fez muita asneira, mas como não há homens perfeitos. Estes estão acabar com tudo, ou a fazer pior.
Cara Paula
Gostei do seu texto e em parte concordo com o mesmo mas, no resultado de ontem se há algum culpado principal esse é o Carlos Pinto, tudo bem que já saiu do clube mas, a preparação do plantel e da equipa para esta época foi dele ficando bem saliente que não só a escolha desse plantel foi mal feita como a preparação inexistente. Não vejo onde a Académica possa ter jogadores inferiores a outros clubes da segunda liga ou jogadores inferiores de tal ordem a sofrerem 7-2 em casa perante uma equipa como a do Estoril.
Sobre as direcções e presidentes, infelizmente desde o Dr. João Moreno que a Académica não tem um verdadeiro líder.
Neste momento difícil para todos nós, alguém tem de tomar responsabilidades e temos de nos unir e remar para que a nossa briosa possa sair do buraco onde se encontra. Foi difícil ver a Académica especialmente porque me encontro do outro lado do globo. Planear melhor e executar com critério dentro das nossas possibilidades, acredito que temos capacidades para fazer mais, ser mais modestos também não nos faz mal. Para mim estava numa de apostar num treinador jovem do CNS que tenha vontade de crescer. Temos que manter as nossas referências só assim conseguimos passar os valores para os mais jovens. Ontem a Académica perdeu infelizmente, para mim raramente perde quanto muito fica atrás do atrás do marcador.
Com certeza vamos virar, força Briosa.
Em junho de 2016, 785 sócios dirigiram-se ao pavilhão Jorge Anjinho para votar. Paulo Almeida foi eleito presidente da Associação Académica de Coimbra /OAF com 549 votos a favor, 117 nulos e 119 brancos. Liderava uma equipa que representava um corte geracional tendo em conta que quase todos os vice-presidentes da direção tinham menos de 40 anos. Nas primeiras declarações afirmava que a partir daquele momento poderíamos esperar da AAC ser o reflexo de uma direção pujante. Acusava a anterior direção de se ter divorciado da academia, da cidade, da região, da Câmara Municipal. O lema da campanha foi o compromisso de devolver a AAC ao seu lugar (presume-se que a I Liga).
Passaram pouco mais de 2 anos e julgo que podemos afirmar que estes incompetentes conseguiram arrastar a nossa Briosa para o desastre desportivo e financeiro.
Existe um conjunto de questões que continua por responder:
1. Por que motivo abandonou Paulo Almeida a direção da Académica 10 meses após o ato eleitoral?
2. Por que motivo Direção e Assembleia decidiram que o jovem Roxo deveria assumir a presidência da Briosa sem uma legitimação através do voto dos sócios?
3. Quais são as verdadeiras razões para a alienação do património imobiliário da Académica?
4. Como se justifica a imediata suspensão do projeto dos sub 23 da Académica em 2016 e a razão que fundamenta o retomar do projeto em 2018?
5. Porque se tem desprezado os melhores valores da formação da Académica: Pedro Nuno, André Vidigal, João Simões e outros?
6. Que objetivo se pretendeu atingir com a contratação do líder da mancha negra para o exercício de funções remuneradas na instituição (diga-se que até esse momento essas mesmas funções eram exercidas sem qualquer remuneração)?
7. Quem decide a contratação de atletas e equipas técnicas (consta que é um tal patrão, que se intitula agente FIFA, que será o autor destes desmandos)?
«Quem, infringindo intencionalmente normas de controlo ou regras económicas de uma gestão racional, provocar dano patrimonial importante em unidade económica do sector público ou cooperativo é punido com pena de prisão até cinco anos ou com pena de multa até 600 dias» (artigo 235.º do código Penal).
Pergunto se a definição de «gestão danosa» que consta do código penal se aplica à atual direção? É um facto que se trata de uma gestão incompetente e irracional que tem provocado dano patrimonial. Arrastaram a Académica para o desastre desportivo e financeiro. Resta saber se é intencional …
Quando ouvi a notícia que o jovem roxo se ia dirigir aos sócios no final do jogo, pensei de imediato que, num momento de lucidez e verdadeiro academismo, se iria demitir … ingenuidade minha. A garotada está alapada às mordomias inerentes ao cargo e parecem cada vez mais empenhados em destruir a Académica.
Responsáveis?
Costuma ser o treinador. Mas agora não temos.
Atirar culpas para a direção? Mandamos embora a direção e depois quem fica com as culpas?
Interessa é encontrar soluções.
caro Luis.
Não se trata de procurar culpados trata-se sim de responsabilizar quem teve responsabilidades nesta humilhação. Se são os jogadores é pau para cima se foi a direcção têm que ser igualmente exigidas responsabilidades. Agora, uma derrota em casa por 2-7 perante uma equipa que estava a meio da tabela não pode morrer solteira.
É necessário uma purga dentro da Académica há um total desrespeito para com os adeptos. Até o simples caso do frangueiro se rir com ar de gozo para os adeptos deveria ser motivo de acção disciplinar por parte do clube.
O herdeiro do presidente já disse que a responsabilidade é só dele, aguardemos as consequências…
Certo.
Mas agora é difícil. A época já está lançada e na minha opinião será planear já a próxima.
Qualquer “solução” será mais um remendo.
Não era ele que devia pedir desculpas, mas sim os jogadores. Quem jogou não foram os jogadores? O presidente, que não duvido do seu amor ao clube, mas sinceramente já é hora de jogar melhor em termos diretivos, ou então pedir a demissão, e enquanto se prepara eleições, manter-se como presidente, que não foi o eleito, porque esse só quis holofotes . Fugiu com “rabinho entre as pernas”.
Hoje, sofri uma das maiores humilhações que me lembro em quase 50 anos de sócio da nossa Briosa. Realmente, sofrer uma goleada de 7-2, em casa, perante o Estoril, na 2ª Liga, é assustador. Gostaria de poder dizer que, hoje, batemos no fundo. Infelizmente, receio que afirmar isso peque por otimismo.
Desde logo, uma questão prévia. Será possível que se tenha despedido o Carlos Pinto sem ter ninguém a postos para o substituir? A verdade é esta: a equipa não estava bem, até porque o plantel foi sendo completado “a conta gotas”, mas não é menos certo que, na jornada anterior, tínhamos ido ganhar a Faro. É certo que, depois, fomos eliminados da Taça por uma equipa do terceiro escalão, mas, infelizmente, nos últimos quatro anos, foi a terceira “avaria” do género. Mas bastou uma contestação mais acirrada por parte de alguns adeptos e toca a despedir o treinador. Claro que não sei o que se passa no balneário, mas desconfio que não seja bonito de ver… Em todo o caso, não havendo nenhuma “carta na manga”, mais valia ter tido paciência e aguentar o técnico. Assim, fomos para um jogo importantíssimo, frente a um adversário forte, com uma solução interina e, pelo que se viu, sem qualquer estudo do adversário. Um exemplo claro de que não existe uma estratégia consistente, mas apenas o “navegar à vista”! E que o amadorismo continua a fazer escola pelos nossos lados! E, se calhar, o “patrão” ainda vai meter por aqui algum “petit nom” como treinador, para continuarmos a ter um jogo “petit”…
Sobre o pesadelo de hoje, há a dizer que quase tudo foi mau na equipa, que esteve totalmente à deriva, sem “rei nem roque”. Apenas no início da 2ª parte, até ao 2-5, mostrámos alguma vontade de “dar a volta”. De resto, parecia que estava quase tudo a fazer um frete. Peçanha sofreu sete golos sem grandes culpas, mas mostra que, ao contrário do Ricardo Ribeiro, não faz aquelas defesas “impossíveis” que dão pontos. A defesa (?) foi um verdadeiro passador. Jean Felipe fez o pior jogo que alguma vez vi fazer a um profissional de futebol. O facto de ter vindo do Estoril (e de conhecerem bem as suas limitações) fez com que eles canalizassem grande parte do jogo pelo seu corredor. Para além de “oferecer” o 5º golo, numa perda de bola que nem nos juvenis se admite, abriu “autoestradas” no 2º, 4º e 7º golos. Onde para o Mike? Do outro lado, o Nelson Pedroso foi menos castigado, mas “ofereceu” o 6º golo e nunca deu segurança no seu corredor. Os centrais, João Real e Brendon, completamente “aos papéis”, foram totalmente batidos nos 2º, 3º e 7º golos. O 1º, na sequência de um “canto”, foi uma fruto de uma falha coletiva de todo o setor. O meio-campo não existiu, especialmente ao nível do processo defensivo. Não havia pressão, nem alta nem baixa, e os jogadores do Estoril puderam trocar a bola a seu belo prazer e lançar os seus avançados, com bolas para trás das costas da nossa defesa (?). Reko, com o seu “metro e meio”, não parece ser o “trinco” de que a equipa precisa e andou sempre à deriva. Que é feito do Ricardo Dias? E renovaram com o Fernando Alexandre para quê? Guima voltou a mostrar desacerto em vários lances, parecendo acomodado à titularidade. Ki ainda foi o mais mexido, sendo dele a assistência para o 1º golo. A sua saída, ao intervalo, só se justifica por já ter um cartão amarelo. O seu substituto, Zé Paulo, pouco mostrou. No ataque, Traquina não se viu. Foi substituído por Marinho, que mexeu com o jogo, atirando uma bola ao poste, embora já com 2-6. Do outro lado, Romário Baldé teve alguns bons apontamentos, especialmente na 2ª parte, e foi um dos melhores nos primeiros 20 minutos da 2ª parte, o período menos mau da equipa. Hugo Almeida fez aquilo que se pede a um ponta de lança: marcou dois golos, o 1º dos quais num excelente cabeceamento, e deu muito trabalho à defensiva do Estoril, que mostrou algumas debilidades. Sofreu uma lesão muscular já perto do final e arrastou-se vários minutos no campo sem necessidade, podendo ter agravado a lesão. Será que ninguém, no “banco”, viu isso? É que foi preciso o jogador pedir a substituição, porque já não dava mais. Djoussé entrou para o substituir, mas já não havia tempo nem espírito para fazer algo que se visse. Já agora: será que não podiam jogar os dois à frente, com a equipa num 4-4-2, especialmente com o Marinho em campo, agora que até temos um bom flanqueador do outro lado (o Baldé)? No geral, a atitude foi péssima, mas acho que será redutor colocar a culpa apenas nos jogadores. Tal como o foi fazer do Carlos Pinto o “bode expiatório” do muito que está mal ao nível da estrutura do clube!
Esta Académica tem mais coisas que ninguém entende do que todos os outros clubes. Primeiro, tivemos há dois anos, um jovem lateral direito que se mostrou promissor, foi encostado no ano passado, passou a dispensado pelo ex-treinador e agora joga nos Sub23. Por sua vez, para esta posição o ano passado veio um Mike que custou a aparecer mas foi sempre esforçado e com atitude. Neste momento está encostado por um Jean Filipe que anos a luz tanto de um como de outro, só interesses menos sérios podem justificar a sua contratação e convocação.
O mesmo se passa com a posição de trinco/box-to-box, que no jogo de hoje se apostou em Reko. O miúdo até pode ser bom com a bola mas de certeza que não é para esta posição, Fernando Alexandre e Ricardo Dias fizeram nos últimos dois anos um trabalho muito capaz, não percebo esta opção da mesma maneira que o Pedro Paulo não é médio ofensivo, talvez segundo avançado a jogar nas costas do Hugo Almeida ou do Djoussé, nunca com funções criativas.
O Ricardo Dias e o Fernando Alexandre estão lesionados desde a anterior paragem para as selecções.
Tem razão. Não sei para que é que querem uma equipa de juniores, que está a demonstrar algum valor e bons resultados. Pois quando chegam aos seniores são sacudidos por dá cá uma palha, e são substituídos por jogadores menores. a estes últimos dão-lhe tempo, os ex juniores não dão tempo nem espaço, e os ex juniores que cá se mantem não eram as melhores opções
Estou chocado! Pior era difícil!
É verdade que o os da linha têm uma excelente equipa, mas nós pusemo-nos a jeito! Cedo se viu que o lado esquerdo do ataque deles, fluía com grande facilidade. Foi assim até ao fim. Nunca tivemos meio campo nem defesa. Do jogo ficou uma certeza: a total incompetência da direcção! Só uma direcção incompetente constituiria uma equipa assim, achando-a capaz de lutar pela tão merecida subida. Tenha um rasgo de dignidade: demita-se!
Desde há muito que não sei ser de outra coisa, senão da Académica. Sinto-a como se fosse minha. Estou muito triste.
Saudações Briosas!
Conviria entender alguns erros capitais que traduzem a actual situação sobretudo porque o que se está a passar é consequência dos mesmos.
José Eduardo Simões teve muitos méritos e muitos deméritos. Colocou a Académica em patamares impensáveis de um ponto de vista competitivo com vitórias sobre Benfica, Porto, Sporting e acima de tudo com uma Taça de Portugal.
Tentou com muitas oscilações tornar a Académica mais profissional, mais igual aos outros defendendo um modelo de SAD que talvez, apenas talvez, representasse o melhor designio para os nossos propósitos.
Na realidade ao ver chumbada a sua SAD deixou-nos não apenas na segunda, mas também completamente depenados para não dizer falidos.
Pós José Eduardo Simões nunca houve um projecto de base (como não havia) que até poderia ter tido inicio.
Numa primeira fase com Costinha que a 2/3 anos nos colocaria na primeira divisão ou pelo menos nos faria entender um qualquer propósito com maior e melhor fundamento mesmo permanecendo na segunda.
A verdade é que Costinha foi praticamente dispensado sem grande indignação da maioria dos adeptos e inclusive com o aplauso de eternos insatisfeitos que parecem não entender a indústria do futebol como parecem não entender que a Académica só obterá resultados em função da sua capacidade estratégica e do trabalho que for feito nesse sentido.
Numa segunda fase com Ivo Vieira por ausência de um projecto base a 2/3 anos.
Neste caso não houve cuidado, não houve prevenção antes havendo sobranceria, arrogância e total falta de humildade como se a Académica fosse superior aos outros todos pelo nome, pela história, pela nobreza, pelo romantismo e por ausência de verdadeiro fundamento como trabalhar a sério e dar prova disso mesmo no terreno de jogo.
Esta época dá-se algo de insólito pela incoerência ao apostar em Carlos Pinto.
Não obstante penso que até seria uma boa aposta a 2/3 anos porque mostrou qualidade por onde passou e o seu trabalho haveria de dar frutos fossem eles melhores, razoáveis ou até menores.
Sem que se entenda o motivo, em minha opinião, rescinde-se após a 5ª jornada com o treinador, mas muito pior, sem qualquer estratégia, sem qualquer plano e sem qualquer aposta coerente fosse ela de curto, de médio ou de longo prazo.
Com Carlos Pinto e à 5ª jornada ainda estavamos a fechar o plantel, ainda só tinhamos uma derrota com o líder e 3 golos sofridos.
De inaudito e inusitado surgem nomes como o de Augusto Inácio que representa quase tudo o que a “minha” Académica não deveria representar.
…
Sem muito mais.
Importaria alguma humildade, algum conhecimento e alguma coerência por forma a encontrar um caminho que seja o nosso, pelo menos o nosso…já que parecemos estar a caminhar fora de nós próprios e do que poderia ser nosso.
Apenas avivar a memória de quem sentiu e viveu a década de noventa aonde levar 6-0 do Salgueiros, do Amora ou do Penafiel ou mesmo 7 do Chaves não serviu para impedir a nossa recuperação e superação posterior relativamente aos mesmos.
…
Estou triste, mas não surpreendido.
Abraço a todos.
Viva a nossa Académica!
Briosa para sempre
E o trilho para fora dessas “fatalidades” nos anos 90 é o mesmo trilho que teremos de fazer … Ou percorremos esse caminho ou a extinção é o próximo passo …
Até concordo consigo.
Menos no tema da SAD. Não é por aí…
Ate breve.
Excelente análise. Se queremos uma equipa com ambição, bem gerida, construir alicerces, temos que optar porque quem queira investir e mude o tipo de gestão amadora. Obviamente que não há sistemas perfeitos, mas neste momento precisamos de rumar e exigir referendo para se optar, ou manter a SQUD ou virar SAD.
Ando sempre a prometer a mim próprio que não ligo mais a futebóis e, muito menos, escreverei algo mais sobre o assunto. Porém, face ao descalabro que aconteceu hoje de manhã, não resisti ao impulso de exprimir uma vez mais a minha desilusão, a minha “revolta”, enfim, a minha “desistência” de lutar por uma causa que, até há uns anos atrás, me enobrecia.
Tenho 60 anos de idade e levo já mais de 50 de academismo e, que eu me lembre, nunca “levámos” sete em casa, ainda por cima jogando numa divisão inferior. Já aconteceram outras goleadas em casa, mas tão expressivas como a de hoje, sinceramente não me lembro.
No entanto, apesar da tristeza, tenho que reconhecer que o que se passou hoje era de esperar que, mais tarde ou mais cedo, acontecesse. A miserável pré-época e as prestações medíocres das primeiras jornadas deixavam antever que, este ano, as coisas não iam correr nada bem. Pedras Salgadas anunciou-o e o desastre acabou por acontecer hoje.
Agora, consumada a “desgraça”, há que apurar responsabilidades, dizem alguns, castigar jogadores, dizem outros, e, mais alguns, dizem ainda que a culpa é do pobre do Vítor Vinha que, sem o pedir, foi “empurrado” para o teatro de operações. Outros há – e, pelos vistos, não são assim tão poucos! – que exigem a demissão da direção. Enfim, está montado um clima de “guerra civil” cujo final pode passar por aquilo que ninguém quer admitir – a extinção do OAF.
Acerca do atual momento e de todas as guerras e guerrinhas em torno dele, gostaria de formular algumas perguntas. Assim:
– qual é o treinador que, no atual momento e sabendo das guerras internas na AAC, está disposto a vir “queimar-se” para Coimbra? Parece-me que a resposta é evidente a basta olharmos para nós mesmos e para os nossos próprios trabalhos/profissões e questionarmo-nos se aceitaríamos, por exemplo, uma promoção sabendo de antemão que iríamos de imediato levar com umas “facadas nas costas”? Vocês aceitavam? Eu não!
– qual é a pessoa (ou conjunto de pessoas) que, em função da situação atual, estariam dispostos a avançar para um novo projeto e para uma nova direção? Não defendo, nem culpo, a direção. Sei apenas que “pegou” na instituição em função da desistência “por motivos pessoais” do presidente eleito, ainda por cima no meio de uma época desportiva desastrosa. Só por isso, merece respeito e consideração. Se são amadores ou não, se tomam decisões erradas ou certas, não fazem nada de mais que outros não o tivessem feito já incluindo os tais que, por idiotice, são apelidados de “grandes”. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu recentemente com o Sporting! Assim, face à situação financeira e desportiva do clube, e tendo ainda em conta o tal clima de uma indesmentível “guerra civil” associado a um cada vez maior desprezo e distanciamento da cidade, pergunto: quem de entre vós avançaria para um novo projeto diretivo? Eu não!
– quanto aos jogadores, especula-se que haverá dificuldades em relação ao pagamento de salários. Embora isso não seja motivo justificativo para a sua atuação miserável e vergonhosa pois todo o profissional deve honrar os seus compromissos, pergunto: quantos de vós se sentiriam motivados no seio de uma instituição que vos não paga (ou tarda a pagar), que não tem “voz de comando” e, ainda por cima, tem níveis de exigência altíssimos aliados a um exagerado e permanente sentido crítico sempre, e só, no sentido destrutivo? Vocês sentir-se-iam motivados? Eu não!
– no que respeita à cidade, e especialmente ao alheamento da juventude, estudante ou não, haverá ou não razões para este afastamento? Respondo com o meu próprio exemplo: eu tornei-me adepto da Académica desde pequenino e por influência de meu Pai. E, porque é que meu Pai me influenciou? Porque, naqueles recuados tempos, a Briosa era uma equipa diferente, sim senhor, porque era o clube dos estudantes, mas também porque era uma instituição de gabarito, respeitada e admirada não só pelo que representava, mas também pelos resultados desportivos. Pergunto: qual é o pai que, hoje em dia e na atual conjuntura, influencia um filho seu a ser adepto de uma instituição descaracterizada e que, ainda por cima, obtém resultados desportivos que envergonham qualquer um? Vocês influenciariam? Eu não!
Posto isto, qual o futuro da nossa Briosa? Nem sei que diga! Lembro-me que, no final da época passada em que, recorde-se, poderíamos ter atingido o “céu” e acabámos no “inferno” graças às derrotas nas Caldas e, em casa, com o Cova da Piedade e Guimarães B (!!!!!!), exprimi a minha desilusão referindo que, por pura aselhice, mais valeria acabar dignamente com a seção de futebol do que caminhar a passos lentos, mas largos para o descalabro e para a humilhação. Hoje, com uma convicção tão grande como a tristeza que me vai na alma, reafirmo o que na altura disse. Com efeito, como académico que sou há mais de 50 anos, preferiria que se extinguisse o OAF e, pelo menos, nos deixassem viver (ou sobreviver?) com a doce recordação de um passado glorioso e respeitado por todos….
Eu sou um incondicional da Academica! Já tenho uns aninhos de vida e uns aninhos de sócio! Domingo a Domingo sofro com a equipa! O meu domingo é muito melhor quando a Académica ganha! Confesso que não me lembro de um vexame tão grande! Perder 7 a 2 com o Amoreira é do outro mundo! É o nosso Tancos…
Como é possível despedir um treinador sem ter substituto habilitado? Alguém preparou os jogadores para o tipo de jogo praticado pelo Estoril? Se é para estas vergonhas dissolvam este Organismo Amador de Futebol e aprendam com as secções desportivas da AAC.
👏👏👏👍👍
Ainda não percebi nem ninguém ainda me conseguiu explicar como é que a SF é mais académica que o OAF e onde é que o OAF prejudica a SF
Não tem nada a ver com rivalidades entre AAC-SF e OAF. Só que se o OAF não tem competência para participar em ligas profissionais é melhor abandonar o palco e deixar de manchar o nome da Briosa.
Vergonhoso, vegonhoso… que humilhação
Que grandes jogadores os nossos defesas, aliás é um insulto para os futebolistas chamar a essas andorinhas jogadores. Batemos no fundo!!! Não sei mas assim vamos acabar como o beira mar e o leiria.
Vergonhoso vergonhoso , cambada de irresponsáveis e incompetentes. Estou irritadíssimo p.que os p. ….( ela é a que menos culpa).
Vergonha.Vergonha.Vergonha
Amargurado por ver a Briosa ser assim tão humilhada.
Vergonha !
Vergonha !!
Vergonha !!!
Esta na hora de embalar a trouxa!
Tudo fizeram para correr com o JES!
Nada fizeram pela Briosa!
Estamos no fundo…
Adeus!
Nao ha guito… nao ha vicios!
Mas sabe tão bem ocupar a ” cadeira de sonho ” destruindo o patrimonio que muitos ajudaram a construir…
Tristes…
Hoje estou Roxo de tristeza. Hoje estou Roxo de vergonha. Pelo resultado, pela exibição. Por aquilo que vi, por aquilo que não vi. Hoje continuo orgulhoso por ser da Académica. Amanhã continuarei feliz por ser da melhor causa do Mundo, em tudo o que significa e que a distingue e que vai muito além de um clube de futebol. Amanhã, e nos outros dias todos, continuarei a agradecer ao meu pai e avô por me terem ensinado a beleza de um losango e o brilho do preto de uma camisola.
Hoje espero que quem de direito assuma responsabilidades e dê a cara. Ainda que se possam reconhecer mérito em muito do que se fez, nos últimos dois anos, hoje é do dia de assumir. Não somos melhores do que todos os outros. Fomos piores do que alguma vez vi. Se não o fizerem, ficarei Roxo de raiva. A liderança vê-se nestes momentos. Hoje espero que a emoção do Marinho na flash-interview tenha eco num conjunto de homens que nos defendem e que representam aquilo que amamos. Porque é de amor que se trata. E há ali gente que não merece ter a honra de vestir a camisola e que falhou a mostrar o seu orgulho e a sua dignidade, na manhã de hoje.
Hoje, e amanhã, criticarei os abutres que vêm aqui falar do JES e afins. Hoje, e amanhã, apesar de estar Roxo, terei memória.
Até amanhã, Académica.
Não é nada de “amor” que se trata. Isto não é nenhum romance. Do que se trata é de se ter bons jogadores e bons gestores, e para isso é preciso dinheiro. Ponto final, parágrafo. Se nem os adeptos percebem isto, a Académica está lixada. Façam um museu com as velhas glórias dos senhores doutores, e encerrem o estádio, ou destinem-no para coisas mais úteis.
Caro Pedro, ter amor pela Académica, parece-me a mim, não é impeditivo de querer que ela ganhe. Eu tenho amor pela Académica. Quero que ela ganhe, sempre. E continuo a ter amor pela Académica, depois desta manhã, sem precisar de o medir com ninguém. Sou da Académica até no Distrital. E, expondo-me às críticas, prefiro ser de uma Académica com valores, significado e singularidade, nas divisões de baixo, do que de um clube de futebol qualquer na Primeira Liga. Almejo, defendo com unhas e dentes, a possibilidade de conjugarmos tudo, sendo uma flor no meio de um pântano. É essa a missão da Académica. É essa a missão que, nesta época, a Direcção não está a conseguir concretizar.
Quanto aos senhores doutores, não sei do que fala. Se quiser discutir aquilo que deveria ser a Académica, e como já escrevi por aqui várias vezes, digo-lhe que está na nossa singularidade, assumida e bem gerida, o nosso potencial de sucesso. No dia em que almejarmos sermos iguais aos outros traçaremos a linha do nosso fim. No dia em que renegarmos aquilo que, pelo menos na minha interpretação, o Pedro descreve como digno de um museu, estamos mais próximos do fim.
A Académica está lixada enquanto não definir o que quer ser. Está lixada enquanto não tiver estratégia. Enquanto se fizer uma gestão futeboleira, de uma qualquer SAD com capitais do Botswana. Enquanto tivermos vergonha do que somos. Enquanto não percebermos como é que se angaria dinheiro, patrocinadores e qualidade para a formação.
Caro Pedro, provavelmente, muito mais é que nos aproxima, do que o que nos separa. Agora a minha relação com a Académica é amor. Incondicional. À prova de grandes, de vitórias ou falta delas. Dos anos em que aprendi a Académica na travessia da Segunda Divisão. E é esse amor que me faz querer que a Académica ganhe sempre. Dentro e fora do campo. No desporto, como na vida. Na formação de jogadores e de homens. Se a Académica deve ser gerida como se um namoro se tratasse? Claro que não. Não o disse.
O post do século. Muito bem FF !!
Se o Bilbao joga competições europeias só com bascos é muito mais fácil faze-lo com jogadores formados dentro dos nossos valores … Mas é preciso querer. As derrotas “à Patrão” têm de acabar …
FF, vai-me desculpar que use a ironia, mas se não percebe do que se trata, quando eu falo do clube dos senhores doutores, é porque, sendo da Académica, não percebe qual a origem e mística do se clube.. 😉 Olhe, eu sou do velho União, sempre fui, desde que nasci, já toda a minha gente do bairro da Arregaça o era. Eu, quando fico triste pela Académica, não é exatamente por causa do amor clubistico, bem vê. É mais porque queria um clube que engrandecesse a cidade no país. E agora pergunte-se porque é que mesmo com entradas à borla, a Académica não consegue encher um estádio com capacidade para 30 mil (e conte com os adeptos da equipa adversária presentes). O clube não tem a mesma ligação com o povo que tem o SC Braga com o seu povo, isto para não falar de várias outras cidades pelo país fora. Enfim, façam o que quiserem, incluindo desprezar os investidores de fora. Olhe, já estou por tudo, e até iria achar engraçado que um dia destes se retomasse o velho derbi da cidade União-Académica, que eu várias vezes vi no velho estádio do Calhabé. Só que agora noutra divisão um bocado mais abaixo, não é? Pois.
O “o verdadeiro” não está bem a ver a diferença entre as dimensões e população entre o País Basco e Navarra, por um lado, e a cidade de Coimbra, pois não…? E é mais fácil para a Académica? Pronto, está bem. O amor é cego😉 (de qualquer forma, o Athletic já é há muitos anos um clube espanhol de segunda linha)
Caro Pedro, sem ironia, que até aprecio, acho que o Pedro é que não entende nada da Académica e da sua “mística”, usando a sua expressão. Não é para todos, digo da forma mais directa que consigo. Nem lhe peço, por exemplo, que esclareça se o seu único clube é o União. Não lho exijo, ainda que desconfie que há muitos cujos amores são muitos e variados. Quanto ao União, não lhe desejo coisas menos boas. Desejo que reapareça, acho que ainda não voltou a existir, e que faça sentido na cidade. Não lhe desejo mal e acho foleiro fazê-lo. Mas, refira-se, para haver um dérbi será necessário duas equipas em campo. A Académica não irá descer como, no fundo, deseja. E, no futuro, terá vinte mil pessoas como, há uns meses, no estádio. Ou, num passado recente, vinte e cinco mil pessoas, sem ninguém da outra equipa, como insidiosamente sugere. Ou, há seis anos, um Jamor a brilhar de negro. Quanto às bojardas e piadolas sobre a forma como usei a expressão “amor”, ficam para quem as escreve e para o estilo que cada qual defende na expressão de ideias. Eu tenho amor à Académica, como muitos que por aqui passam. Uma coisa inexplicável que me liga à Académica. Se é cego? Não. Nunca. Acho o exemplo do Athletic, que o verdadeiro refere, um bom caso de estudo. Com uma base de recrutamento diferente? Num primeiro olhar, claro. Se alargarmos o olhar, veremos que, talvez, a Académica tenha uma dimensão lusófona, ligeiramente superior ao União ou, pasme-se, ao Braga ou Guimarães. Haja engenho, haja capacidade e haja visão alicerçada na história e nos valores, onde também cabem senhores doutores que orgulharam uma cidade e que marcaram a história de um país e que suplantaram aquilo que significa um simples clube de futebol. Por fim, e sem ironia, desejo que haja união no União. Agora sim, com ironia, ainda existe União?
Pois é Pedro, para perceber o que eu disse convém estar por dentro dos assuntos senão corre-se o risco de fazer figura de urso … A Académica tem raízes muito mais profundas que o Bilbao, existe Académica nos 4 cantos do mundo (eu vi, ninguém me contou) e num mundo globalizado é precisamente aí que temos de alargar a base de recrutamento desde tenra idade, com pessoas ligadas aos nossos valores por um lado e ao futebol europeu por outro, de forma a garantir que a nossa base passe de 500 para 50 mil atletas de onde poderemos escolher os melhores dentro dos nossos valores …
Vá, vá lá apoiar o seu União, que é bem a prova do que acontecerá à Académica no dia em que mandar a Universidade à fava e passar a contar só com o apoio da cidade (onde nada sobrevive sem os estudantes) …
Comparar o Bilbao é simplesmente ridículo.
O Athletic é um clube com um forte sentimento regional… aliás, todos os habitantes de Bilbao são profundos nacionalistas. A ambição deles é tornar a região deles cada vez mais forte e independente.
A nível desportivo, o sonho dos miúdos é reprensentar o clube da região e lutar pelos valores inerentes àquela região.
Comparar isto com Coimbra e com a Académica é RIDÍCULO.
Caros FF e o verdadeiro. Começo por esclarecer uma coisa, que não ficou entendida. Eu quero que a Académica suba e fique por longos anos na primeira. Não por ser da Académica, mas porque quero que a cidade tenha um bom clube, que lhe dê projecção, que traga gente, que traga os grandes clubes nacionais e europeus. O definhamento do clube é expressão do definhamento geral da cidade e eu não quero isso. Sobre o União, não tenho ilusões nenhuma. É um clube pequeno pelo qual tenho um grande carinho, que faz parte de mim desde a infância, só isso. Quem sempre se assumiu como um clube com projecção nacional e até internacional foi a Académica. O problema, que ainda não entenderam, estranhamente, é que há de facto um divórcio entre a cidade e o clube. Fala o FF em 25 mil pessoas no estádio. Porque foi de borla, não entendeu ainda? A maioria dos que lá estavam, não eram adeptos dispostos a pagar bilhete. Certo? Os sócios que resolvam o que querem para a Académica. Mas têm de resolver primeiro o que é a Académica. É o clube da Universidade? É o clube do povo de Coimbra? Não vale a pena virem com a dimensão lusófona e universal do clube. Façam mas é por cativar o povo, contratar bons jogadores, uma boa gestão e arranjem dinheiro, porque sem isso nada se faz.
Mas essa comparação com o Bilbao… tenham paciência…
Ridículo é não se perceber as semelhanças oh Kilkus. Eles lutam por uma causa e por valores tal como nós o devíamos (e temos meios para) fazer !! A sua frase é que roça, não só o ridículo, como mostra que não faz puto de ideia do que é a Académica. Mas a culpa não é sua, a culpa é de quem insiste em andar amadoramente a brincar aos clubes profissionais de futebol destruindo o que levou décadas a erguer !!!
Oh Pedro, tu não entendes que a Académica não é um clube ?? Se a equipa profissional de futebol for extinta continuará a existir Académica nos 4 cantos do mundo e não há nenhum clube de futebol que se possa gabar do mesmo. Aquilo que vocês entendem por “clube” é apenas uma pequenina parte do que é a Associação Académica de Coimbra e a sua Causa de Valores.
A Académica é uma instituição fundada para a promoção da cultura e do desporto no seio da comunidade estudantil, sendo que o organismo autónomo de futebol não é, em si próprio a Académica, e só tem razão de existir se for capaz de personificar os valores da Causa Académica. Se não for só tem um caminho, o da extinção.
Eu estou-me positivamente a marimbar para a cidade que sempre demonstrou desprezo pela Causa Académica e um apoio provinciano e parolo aos 3 corruptos do futebol português. Não é a cidade que eu quero ao lado da Académica, é a Academia. E para ter a Academia do meu lado (e entendo por Academia não apenas os estudantes de Coimbra mas todos aqueles, estudantes ou não, que se revêm nos nossos valores e na forma de estar de um Académico) eu primeiro tenho que personificá-la em campo e fora dele, da mesma forma que os Bascos o fazem com o Bilbao com o sucesso que se conhece. Têm uma causa (nacionalista) e lutam por ela dentro dos seus valores (só jogam jogadores que se identificam com a Causa e com os valores BASCOS).
Quem destruiu o que levou a décadas a erguer não foi a própria Academia!? Não foi a Academia que decidiu extinguir a SF? Não foi aí que começou o declínio dos valores académicos (no que diz respeito à prática desportiva)?
Que valores é que existem actualmente da Academia que me garanta que esse é exemplo a seguir? Os valores que desrespeitam os seus em favor de outros (só para lembrar o caso mais recente da latada)?
Eu já nem vou à política desportiva existente na actual DG e na reitoria… basta perguntar a quem está a dirigir a SF ou outras secções desportivas.
E há mais… onde vê, nos estudantes, esse partilhar de valores e forma de estar, que poderiam reerguer a Académica?
“Eu estou-me positivamente a marimbar para a cidade”
Ó amigo, estou completamente esclarecido. Não é preciso dizer mais nada. Só mais uma coisa: isso que diz apenas revela que não entende nada sequer do que é o Athletic Bilbao e a sua ligação à comunidade onde está inserida. Quanto ao resto, fiquem lá com a Académica e boa sorte. Mas ainda tenho esperança que essa não seja a opinião generalizada dos sócios da Académica.
Caro Pedro
Li-o, percebi-o e gostei do que disse e concordo em parte com o que disse.
É verdade que há uma grande indefinição na Académica assim como um divórcio não explicado entre a cidade e o clube que apenas as borlas e a falta de sucessos não servem para justificar.
Sobre a academia que o …verdadeiro fala, até podia fazer sentido se os estudantes que chegam a Coimbra não viessem já formatados pelos media e adeptos de um dos 3 corruptos, podia até se fomentar o amor clubístico mas era necessário que houvesse uma forte identidade para com o clube e, se calhar já há mais de 15 anos que não há (talvez desde que o Dr. João Moreno nos deixou).
A Académica tem que começar precisamente por cativar a cidade, isto para que Coimbra não seja no médio (ou talvez curto) prazo como a cidade de Évora, Beja ou Vila Real onde os clubes locais estão totalmente esquecidos.
Tal como referi acima, desde o Dr. João Moreno que a Académica não tem um líder capaz. Alguém que transmita confiança e identidade ao clube e dessa forma atraia não só investimentos como também pessoas e consequentemente resultados.
Caro Tiago, se quiser eu, que estou de fora, explico-lhe o divórcio entre a Académica e a cidade, que já vem de muito antes do dr. João Moreno. Não é difícil. Afinal, parece-me que existiu desde sempre, se vir bem. Mas acabou o tempo, espero, em que a cidade se confundia com a Universidade. E acabou o tempo em que a Académica se podia destacar com jogadores estudantes, porque a partir do meio da tabela para baixo eram equipas humildes de jogadores operários que jogavam e treinavam em pelados com buracos. Nenhuma equipa da Académica desse tempo podia competir agora com os últimos da atual primeira liga.
A Académica tem, digamos, um problema existencial: não sabe se há-de ser um clube social, se um clube desportivo. Não sabe o que é. Tem tiques aristocráticos, muito coimbrinhas. Humildade precisa-se. E dinheiro.
caro Pedro.
Até pode em parte ter razão pois nunca houve uma relação umbilical entre a Académica e a cidade de Coimbra, como se passa com o Braga e o Paços de Ferreira por exemplo. Em Coimbra sempre preferiram ou aplaudir os “outros/forasteiros” ou os que eram pelo União (com toda a legitimidade disso) havendo também e mais recentemente, os que são anti-OAF por serem pro-SF como se as duas fossem incompatíveis.
Sobre o problema existencial que fala, eu acredito que a Académica pode (e deve) ser um clube social e igualmente um clube desportivo (entenda-se SAD) pois tem capacidade para ser um clube de massas e não o clube restrito que alguns sócios tentam que seja.
Ao contrário de alguns académicos, eu prefiro ter a Académica na primeira divisão a lutar pelos lugares cimeiros e com um investidor oriundo de uma qualquer potencia comunista do que a perder com o Pedras Salgadas e a levar 7 do Estoril numa trajectória decadente que arrepia só de pensar onde termina. Mas, isso sou eu.
Eu também prefiro assim, Tiago. Não por ser da Académica, mas porque quero a minha cidade mais animada e com mais projecção. Mas a sua posição vai ter muitas resistências. A aristocracia não gosta de falar de dinheiro e muito menos de dinheiro vindo de países bárbaros. Córror, uma SAD. Mas não diga mal dos três grandes. Com corrupção ou sem ela (qual o clube que está isento?), têm um apoio popular genuíno que a Académica apenas um dia poderá vir a ter, se fizerem as coisas certas. Pronto, boa sorte é o que eu desejo.
Pedro, faltava a piéce de resistance da sua argumentação. Os coimbrinhas. Demorou mas lá saiu. Imagino o meu avô, serralheiro mecânico na Fábrica da Cerveja, que me ajudou a ser da Académica, a ouvir isso e a rir. Continuo a achar que não percebe nada da Académica. E que enferma de argumentos simplistas e redutores. Vamos lá, então. Quanto à base de apoio, e falando de adeptos pagantes, a Académica, quando regressou à Primeira Liga, no início do século, tinha assistências decentes, com médias relevantes. Mesmo, de forma mais recente, e no seio de um futebol português alicerçado em três eucaliptos, nunca envergonhou nos rankings. Há que ser coerente, caro Pedro. Se acha que a Académica não tem potencial, até devia reconhecer esse facto. Se, no fundo, ainda que lhe custe, reconheça tudo o que a Académica é, e pode ser, esses números recentes sabem a pouco. Esse divórcio, aquele que me preocupa mais, surge na sequência do reinado do JES, em que a Académica se alienou do mundo e de todas as forças vivas da cidade, no que às assistências diz respeito. O Pedro que, provavelmente, será de um clube de Lisboa ou do Porto não vai ao estádio. Entre 1989 e 2005, altura em que saio de Coimbra para longe, falhei um ou dois jogos em casa. Estava na final da Taça. Podemos falar de assistências, da sua evolução, mas com seriedade. Se entendo? Claro. Até entendo onde quer chegar com tudo isto. A Académica tem um problema de definição estratégica que, diria, é diferente de um problema existencial. A Académica não renega o que é. Titubeia naquilo que quer ser e esse é o pecado da sua actual existência e do seu futuro. A Académica no dia em que quiser ser um simples clube de futebol, como aquilo que o União não é, cerceia o seu crescimento e adere à mediania. Isto não é ser aristocrático. É ser estratégico e perceber a única forma de sublimar o meio circundante, numa cidade que se perde nos seus dilemas e que vota com os pés, há tempo demais. Que se verga ao poder político, renegando a sua história e a sua matriz. Quanto às equipas do passado, compará-las com o futebol actual é um argumento pobre, seja qual for a equipa que escolha. Ficariam lá para baixo todas, perto do lugar em que ficou o União quando esteve na primeira divisão. A Académica enferma de um problema de liderança gritante. De falta de estratégia, de visão. E, no fundo, a Académica é indissociável da formação de homens, da Academia (que inclui a UCoimbra, que deve orgulhar, até na sua imperfeição, qualquer conimbricense, salvo os ressabiados), da sua matriz. E esse não é um dilema anacrónico. É a capitalização do seu potencial, na atractividade de atletas, na promoção da formação, na selecção de talentos, na exponenciação universal do clube. Somos únicos. Ter vergonha disso, ou inveja, é um disparate. No futebol português, miserável e sem equilíbrio, é difícil captar adeptos e, acima de tudo sócios (cá em casa somos três, sem poder quase nenhum jogo por ano). Quem estuda em Coimbra, diz bem o Tiago, vem pervertido pela ditadura dos eucaliptos. Aumenta o desafio, não justifica a desistência. Está ali uma potencial base de apoio relevante, que mais nenhum clube tem. Entender isso como um anacronismo, repito, é um erro estratégico. Entender isso como algo incompatível com uma visão estratégica, até de negócio, é não perceber o que deve o nosso core business, como se diz agora. Um clube competente, moderno, alicerçado na sua história, que explora potencialidades, singularidades, numa terceira via entre a década de 60 (íamos sendo campeões, sabia, Pedro? Fomos longe numa eliminatória da Europa, sabia?) e o mundo das SADs com capitais da Tanzânia (ganhámos uma Taça, sabia?). Essa terceira via é que nos pode trazer dinheiro, numa Causa em que, pela sua matriz, cabem todos. Sempre couberam. Aqueles que aqui passam não aprenderam a Académica só com quem foi estudante. Aprenderam por si ou por outras pessoas que eram, muitas delas, trabalhadores honestos e esforçados numa cidade diferente do que é hoje. Por fim, além dos estarolas, é a equipa com mas potencial de angariar apoio em qualquer sítio de Portugal e do mundo lusófono, mesmo sem sucesso desportivo. Aliás, não foi o sucesso desportivo que trouxe mais gente à Académica. Foi não nos perdermos de nós. Quando nos encontrarmos, no meio do pântano do futebol português, seremos uma força extraordinária. Por fim, deixo a ideia da forma como os paradigmas da formação e da selecção de talento com base numa análise de perfil além do valor futebolístico, encorajam uma visão menos futeboleira do futebol profissional. Pena que não se perceba isso e que aquilo que é o futuro, e a possível sustentabilidade financeira do clube para outros voos, seja vista como um anacronismo ou, no seu caso, como um arma de arremesso fácil e vazia. Ah, quanto ao Bilbao, a literalidade na leitura tem destas coisas. Eu percebo, e concordo com o verdadeiro. O nosso modelo passa por aquilo que o Bilbao faz, na essência, na linha identitária, num modelo estratégico. Não me parece que ele, nem eu, não perceba as diferenças, mormente na base de recrutamento. Dizer que é estúpido é demasiado fácil. O nosso crescimento passa pela identidade, não pela cópia de clubes que têm tudo sucesso desportivo. Eu, e falo só mim, não quero ser um Guimarães ou um Rio Ave, se isso implicar querer ser uma cópia do modelo de clubes do género. A minha Académica não é isso. Diz o Pedro que espera que muitos não pensem como eu? Vale o que vale o seu desejo.
Se, de facto, não existirem hoje dentro da Académica os valores que a nortearam durante décadas é o reflexo do que a Associação Académica devia combater e, pode ter a certeza, num país completamente dizimado pela corrupção sermos o último reduto de moralidade iria vender …
Se, não só, a OAF precisa de uma limpeza então que se limpe a casa toda. No caso do OAF, se não se fazer esse caminho, é traçar o destino final … Lamento que não percebam isso mas o fim está já ali ao virar da esquina … Seguiram-se uns Uniões de Coimbra e uns Desportivos sa Solum que competirão nos mesmos escalões que os Leirias e Beira-Mares desta vida, porque nunca teremos dimensão para mais …
*fizer *seguir-se-ão