Arquivos para Maio 2018

Na minha opinião foi precisamente nesta posição a principal surpresa da época e o que provavelmente originou melhores resultados que na época anterior.

O ano passado pudemos contar até Janeiro com Fernando Alexandre e Pedro Nuno, enquanto que terminamos a época com um emprestado de luxo (Leandro Silva), dissemos adeus ao capitão Nuno Piloto, ao esforçado Tom, à incógnita Jimmy e ao também emprestado Káká.
Partindo para esta época com uma enorme incerteza pois apenas Fernando Alexandre (lesionado) e Ki continuariam para a Académica 2017/2018 mas, penso que o facto de termos um departamento de scouting serviu para que entrasse no plantel mais trigo que joio pois pela primeira vez em vários anos tivemos um centro campista com as características de Chiquinho, que na opinião de muitos adeptos foi o melhor jogador da Académica na época que terminou agora, estando já de saída para o Sport Lisboa e Benfica.

Do meio campo academista foi Chiquinho a estrela mas, o trio titular era principalmente formado por outros dois emprestados Ricardo Dias (que se mostrou exímio tanto no passe como no desarme) e Guima. Houve ainda Zé Tiago, o regresso de Fernando Alexandre apenas na segunda volta do campeonato e Ki que continuou a ser uma promessa mas que ainda não se conseguiu afirmar.

Quanto aos jovens, houve uma utilização residual de Teles e Lagoa mas não o suficiente.

A época anterior fechou também com um quarteto defensivo praticamente definido, se no centro do terreno era João Real e Diogo Coelho, as laterais tiveram do lado direito juventude com João Simões e a espaços o Pedro Correia do lado esquerdo transpirava-se experiência com o Nuno Santos e o Makonda.
No final da época viu-se ir embora o Diogo Coelho que regressou aos Açores e a natural dispensa/fim de contrato de Pedro Correia, Makonda e Nuno Santos.

Se do lado direito, era notória que a solução passaria por João Simões já o centro do terreno deixava incertezas e o lado esquerdo era para fazer de novo.

Mas, apareceu um Mike oriundo da Covilhã, que conseguiu lutar e galhar o lugar da lateral direita. Do lado esquerdo veio o Nélson Pedroso (ex-Aves) com o treinador Ivo Vieira e foi a principal escolha dos 3 treinadores além de conseguir terminar a época com 5 golos marcados, praticamente todos de bola parada. Para o lado esquerdo veio também Pedro Empis, que deu bons sinais mas insuficientes para fazer destronar o Pedroso.
João Simões provavelmente irá continuar vinculado à Académica assim como Mike e Nélson Pedroso já Pedro Empis regressará ao Sporting.

No centro da defesa, especial nota para o regresso de Zé Castro que mostrou ser de facto de um nível superior, de lamentar apenas as lesões. Mas, o verdadeiro destaque vai para João Real que foi quase sempre o escolhido e fez dupla com todos os restantes jogadores utilizados nessa posição, primeiro com Yuri, depois com o Tiago Duque (que regressaria ao Belenenses em Janeiro), Zé Castro e por fim com o Brendon. Só o reforço de inverno Pedro Coronas não se chegou a estrear.

Pela Académica já passaram grandes guarda-redes, só desde os anos 90 que foram praticamente reservados a Pedro Roma, tivemos Peskovic, Ricardo Nunes e podemos incluir agora também o nome do Ricardo Ribeiro.

Na época que se fecha agora as redes da baliza da Académica foram praticamente sempre defendidas pelo Ricardo Ribeiro, que deu assim continuidade à titularidade ganha na época anterior onde realizou os mesmos 40 jogos que na época anterior.

Ainda não se sabe ao certo se Ricardo Ribeiro continuará por Coimbra pois as boas exibições e principalmente a garra e empenho com que abraça os desafios já terão despertado interesse de emblemas com maior poderio financeiro. Caso se confirme a saída, a direcção terá aqui uma forte dor de cabeça para resolver.

Os restantes guarda-redes foram Guilherme, um jovem de 23 anos oriundo da formação do Sporting Clube de Portugal e com vinculo definitivo com a Académica. Ao Guilherme coube apenas 3 jogos onde sofreu 3 golos.

A fechar a posição esteve o João Gomes como terceiro guarda-redes, que não realizou nenhum jogo pela a Académica e acabou a época emprestado à Secção de Futebol.

Terminada a época 2017/2018 a Académica não foi além do 4º lugar e ficou mais uma vez na segunda Liga.
Pelo presidente foi dito várias vezes que a Académica precisava de subir de divisão porque mais do que uma questão de estatuto ou dimensão, seria uma questão financeira.

Ao que se sabe, a Académica e a SDUQ tem já um passivo incomportável e que tornará impossível um investimento para que na próxima época se ambicione a um projecto realista para combater novamente pela promoção à liga maior.

O que fazer?